Uma inspeção ao local permitiu concluir que este maciço de pedra de grandes dimensões, que se encontrado isolado na paisagem, desagrega-se com facilidade por ação dos agentes erosivos. Na visita foram reconhecidas, segundo o LNEC, “diversas cicatrizes resultantes de desprendimentos de blocos de rocha em vários pontos do geomonumento”.
A área está delimitada e sinalizada com alguns avisos de zona interdita por perigo de queda de blocos.
Na década de 2000 o monumento foi sujeito a duas intervenções, que consistiram na erradicação da vegetação, remoção dos materiais desagregados e soltos, e preenchimento das fendas e fraturas mais abertas.
Em 2013 foi elaborado um projeto de requalificação da área envolvente, para preservação das condições de estabilidade e valorização paisagística, que ainda não foi executado.
Dele constam o afastamento das infraestruturas viárias do geomonumento, de forma a reduzir as vibrações geradas pelo tráfego, a implementação de uma rede pluvial, visando a drenagem das águas superficiais a montante e a formação de barreiras arbóreas ao vento.
De acordo com o LNEC, atualmente o geomonumento encontra-se, em alguns locais, em condições de estabilidade precária, tendo já ocorrido queda de materiais, o que a repetir-se “poderá originar a destruição do arco”, existindo “uma elevada probabilidade de vir a ocorrer o desmoronamento do arco rochoso”.
O LNEC recomenda que se voltem a implementar medidas como a desinfestação da vegetação, através da aplicação de um herbicida, para que a ação das redes de raízes nas fendas seja minimizada, a selagem das fraturas mais abertas com argamassas à base de cal e das outras com argamassas fluídas.
Admite-se o revestimento das superfícies rochosas com betão projetado, a aplicação de pregagens e a construção de estruturas que permitam suportar a zona do arco.
Francisco Gomes
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