Carolina Martins, aluna do curso de gestão de eventos, declarou que “vim com a vontade toda porque é uma maneira diferente de seremos praxados e ajudamos o ambiente”. A sua colega, Carolina Pereira, disse que “limpar a praia é boa iniciativa e diferente e estamos a fazer algo útil”.
“Eu já tinha feito um trabalho assim nas férias na Praia da Maçã. Achei interessante e é uma boa ideia”, manifestou Tiago Ribeiro, de biologia marinha e biotecnologia, que comentou que as praxes “facilitam a integração” dos alunos”.
“É uma praxe diferente e engraçada. Era impossível falar”, frisou Carlos Ferreira, do curso de marketing turístico.
“Se nos todos usufruímos da praia porque não limpá-la? Estamos a ajudar o ambiente e é importante. Assim vamo-nos conhecendo ainda mais e reforça o espírito de grupo”, afirmou Luís Lopes, de animação turística.
Não foram só os caloiros a recolher lixo. Os alunos do 3º ano também ajudaram, como Luiz Alvarez, do curso de animação turística, que considerou ser “essencial estarmos com os caloiros na praxe solidária, com a qual podemos ajudar a comunidade local através da limpeza da praia”.
A zona dos caixotes do lixo é a que tinha mais lixo no chão, o que surpreendeu os alunos. Plásticos, embalagens e beatas foram o lixo recolhido nesta iniciativa que, mais do que limpar a praia, pretendeu mostrar que as praxes podem ser solidárias e não de humilhação.
“As praxes académicas podem ter um papel relevante na integração dos novos estudantes, na medida em que funcionem como um ponto de apoio aos que chegam pela primeira vez ao ensino superior e em especial aos estudantes deslocados. Muitas vezes estes momentos ajudam os recém-chegados na procura de alojamento, no conhecimento da cidade e dos seus recursos, e na sua integração na Escola e no curso», defendeu Nuno Mangas, presidente do Politécnico de Leiria.
“Há já vários anos que há um esforço de articulação, sensibilização e comunicação com as associações de estudantes e comissões de praxe para que estas atividades sejam momentos regulados pelo bom senso, de verdadeira integração dos novos estudantes. E estas preocupações têm sido bem acolhidas e assumidas pelas organizações de estudantes, sendo que a praxe solidária tem sido assim cada vez mais presente”, adiantou.
Francisco Gomes
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