A autarquia alega a necessidade de realizar repavimentação de vários troços de caminhos e estradas do concelho, requalificar a estrada principal entre o cruzamento da Rua do Trancão e o cruzamento da estrada municipal 585 em A-dos-Negros, construir muros de suporte de terras em A-dos-Negros, proceder à segunda fase da rede de saneamento básico na Rua Manuel Teotónio, na Usseira, instalar sinalização horizontal da rede viária e pavimentações em calçada em vários locais do concelho, e adquirir inertes, misturas betuminosas, pré-fabricados e outros, por lotes. Tudo somado dá 525 mil euros.
A oposição contesta. O PS argumenta que “neste mandato autárquico, a Câmara Municipal de Óbidos recebeu milhões de euros de receitas extraordinárias de um empreendimento turístico, nos anos de 2013 e 2014, e não fez ainda as prometidas obras. Como já gastou esse dinheiro, agora diz ter necessidade de mais um empréstimo bancário”.
“De salientar que atualmente, o Município já tem um encargo anual de cerca de um milhão de euros com o resultado de empréstimos anteriores (juros e amortizações)”, sustenta.
“Lamenta-se que a maioria PSD queira, quando faltarem poucos meses para o final deste mandato (no próximo ano), contrair um novo empréstimo bancário que começará a ser pago só no mandato seguinte”, afirma o PS.
Os socialistas entendem também que “devia ser dada prioridade a investimentos fundamentais, tais como a substituição de redes de água”.
“A muito recente venda dos dois lotes atrás da farmácia de Óbidos, constitui uma receita extraordinária de 300 mil euros. Assim, o empréstimo bancário que a Câmara pretende obter, poderia ser deduzido deste valor”, argumentam.
Carlos Pinto Machado, ex-candidato autárquico do CDS-PP em Óbidos e presidente da Comissão Politica Concelhia do CDS-PP, emitiu um comunicado onde afirma que a situação financeira municipal “é grave e caminha para o descalabro”.
“Não se entende porquê a necessidade de um empréstimo, quando a Câmara obteve receitas extraordinárias provenientes do empreendimento turístico que cortou milhares de pinheiros e de outras árvores no Bom Sucesso”, critica.
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