A perda da vontade de viver pode ter várias causas, endógenas ou exógenas ao ser humano. No entanto, com um apoio psicológico, apoio de amigos, partilhando as suas dificuldades com alguém da sua confiança, tudo fica mais fácil.
O conhecimento da vida espiritual, hoje, mais arejado e longe da crença cega das religiões tradicionais, ajuda o homem a entender a vida por outro prisma.
Até 1857, altura em que apareceu a ideia espírita (que não é mais uma religião nem mais uma seita), com o lançamento do monumental livro de Allan Kardec, intitulado “O Livro dos Espíritos”, acreditava-se de uma maneira ou de outra, na vida além-túmulo.
Com o aparecimento da doutrina espírita, a morte morreu, foi provado cientificamente a imortalidade do espírito, através das comunicações espirituais, utilizando-se o método científico ainda hoje vigente na terra.
O maior impacto que o espiritismo traz à sociedade é a demonstração de que afinal com o suicídio… nada acaba!
A vida continua no mundo espiritual, noutro patamar energético, onde o ser espiritual (o homem) continua com os problemas que o levaram a este ato, agravado pelo facto de se consciencializar da inocuidade da sua atitude, mergulhando em sentimentos de culpa, remorsos, sofrimentos inenarráveis, a repercutirem-se inevitavelmente nas reencarnações seguintes.
O facto de dizermos que não acreditamos nas vidas sucessivas (reencarnação) ou na imortalidade do espírito, não nos retira do palco imortal da vida, quer queiramos quer não.
A física quântica matou de vez o materialismo, informando que a matéria não existe, existindo sim, apenas energia, em vários estados, mais ou menos grosseiros ou diáfanos. Nós, terrenos, encontramo-nos, assim, num mundo, onde essa energia se encontra ainda “coagulada, condensada”, aquilo a que chamamos matéria.
A imortalidade do espírito, através das diárias manifestações espirituais através de médiuns em todo o mundo, é hoje uma evidência científica, que os múltiplos cientistas têm vindo a comprovar, repetindo as experiências de Allan Kardec e confirmando-as.
Se, porventura, se encontra neste dilema existencial, dê a si próprio mais um mês de vida, solicite informação, ajuda, num centro espírita perto de si (onde não existe pagamento nem aceitação de dinheiro), percebendo porque vivemos, de onde viemos, para onde vamos após o decesso do corpo físico, e qual o objetivo da vida.
O espiritismo é a filosofia de vida que se apresenta como o maior preservativo contra o suicídio, e aqueles que o cometeram comunicam-se nos centros espíritas, implorando para que nós, que ainda estamos neste lado da vida, não o façamos.
As consequências são dolorosas, podendo estender-se por centenas de anos, com reencarnações expiatórias e difíceis pelo meio, variando de acordo com o grau de lucidez e responsabilidade do suicida.
Não existe aqui castigo de Deus, mas apenas uma decorrência de uma lei natural, onde cada um colhe na vida, o fruto dos seus sentimentos, pensamentos e atitudes, até que um dia, em equilíbrio, atinja o estado de espírito puro.
José Lucas
jcmlucas@gmail.com
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