A sua ligação a esta pequena vila piscatória (anos 50) tem início com a obra de Alves Redol e será através do livro “Uma Fenda na Muralha” que o cineasta realiza uma obra-prima do cinema português, retratando a vida e hábitos dos pescadores e mulheres da Nazaré, tendo a praia, as ruas (esquinas), as tabernas, as pequenas e singelas casas como cenários.
Este filme desmistifica a vida dos pescadores da Nazaré, mostrando de uma maneira crua e real o sacrifício diário a que estavam sujeitos, quando partiam para um mar traiçoeiro e muitas vezes ceifeiro de muitas vidas.
Estreou a 12 de dezembro de 1952, no Cinema Éden, na cidade de Lisboa. Ao fim de 5 dias em cartaz, a publicidade ao filme anunciava que este já tinha sido visionado por cerca de 27 mil espetadores. Permaneceu em cartaz durante três semanas.
Este filme faz parte da história do cinema português, não só pelas suas imagens e personagens, mas também pela profundidade dramática que apresenta, numa altura em que na Nazaré se vivia a amargura de naufrágios e de uma vida dura e sofrida.
Neste sentido considera-se de elevada relevância cultural a vinda desta exposição à Nazaré, não só como forma de mostrar a importância da nossa vila, mas como demarcar as nossas tradições e histórias que fazem parte da nossa Identidade Social e Cultural.
A exposição estará patente até dia 01 de outubro de 2016, na Biblioteca Municipal da Nazaré. A inauguração terá lugar no sábado, às 16h00.
Decorrerá ainda um Colóquio sobre Manuel Guimarães, seguido da visualização de filme “Nazaré” no dia 17 de setembro pelas 15h00.
A visualização do filme “Vidas Sem Rumo” terá lugar no dia 30 de setembro pelas 15h00.
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