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Visita a central fruteira

Marlene Sousa

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“A pera rocha do Oeste e maçã de Alcobaça são os melhores frutos do mundo” No âmbito da Feira dos Frutos 2016, decorreu no passado dia 25 uma visita à Frutalvor, Central Fruteira instalada no Casal de Santa Cecília (Salir de Matos), onde foi destacado o crescimento da cooperativa de fruticultores que aumentou consideravelmente a exportação da maçã e pera rocha. Houve também uma visita técnica ao pomar de Virgílio Noronha, onde foi explicado o exercício da produção integrada, um sistema agrícola de produção sustentável e de alta qualidade. A iniciativa, que juntou vários jornalistas locais e nacionais, terminou na feira, no Parque D. Carlos I, com uma sessão de showcooking  com os chefes Miguel Laffan e André Magalhães, com a mediação do cantor Miguel Araújo. Os prestigiados chefes portugueses utilizaram a maçã de Alcobaça, pera rocha do Oeste e a codorniz do Landal. Cada um à sua maneira criaram um prato mas ambos destacaram a qualidade da hortifruticultura desta região.
A colheita da maçã Royal Gala é comercializada com o símbolo de Maçã de Alcobaça

A iniciativa organizada no âmbito daFeira dos Frutos 2016 iniciou na Frutalvor, uma cooperativa de fruticultores e organização de produtores, criada no início da década de 90.

Carla Simões, engenheira responsável pela gestão da Frutalvor, Davide Cordeiro, um dos responsáveis pelo controlo de qualidade, e Virgílio Noronha, presidente da direção, foram os guias de uma visita às instalações, onde se pôde ver o processo por que passa a fruta desde que é colhida até à expedição rumo aos supermercados. É constituída atualmente por 23 produtores associados, a sua maioria dos concelhos das Caldas e de Óbidos, que possuem um total de 500 hectares de pomar.A central fruteira, sedeada em Salir de Matos, no concelho das Caldas, começou a trabalhar com 2000 toneladas de fruta por ano e atualmente ultrapassou 10 000 toneladas anuais, entre maçã e pera rocha. Com uma área de novos pomares, agestora da Frutalvor revelou que esperam um crescimento a curto prazo de cerca de 13 000 toneladas por ano.

Em termos de mercado a Frutalvor tem vindo a crescer nos últimos anos, sendo que os mercados de exportação (Inglaterra, Brasil, França, Marrocos, Médio Oriente entre outros) são atualmente a grande bolsa de crescimento, representando já 60 por cento das vendas totais, a par com as grandes superfícies nacionais que representam cerca de 40%.

Face ao crescimento em termos de produção, a Central Fruteira aumentou as instalações. Dispõe de 31 câmaras frigoríficas, das quais 13 são de atmosfera controlada.

A primeira e segunda semana de agosto costumam ser o início de campanha na Frutalvor, mas este ano devido às condições climatéricas que atrasaram o crescimento do fruto, a colheita da fruta começou no dia 29 de agosto. No pico da colheita chegam a ter 500 pessoas no pomar e cerca de 70 na Frutalvor a trabalhar na embalagem.

A colheita da maçã Royal Gala – que é comercializada com o símbolo de Maçã de Alcobaça, totaliza a maioria das 5000 toneladas de maçã que esta cooperativa de agricultores comercializa por ano. Também têm as variedades de maçãs Fuji, Golden, Reineta, Jonagored, e Red Delicious Golden e Starking.

Carla Simões estima que produção de 2016 de maçã Gala tenha uma quebra de 25% em relação ao ano passado.

Quanto à pera rocha revela que a produção não foi afetada pelas condições climatéricas e prevê valor idênticos a2015. Tanto em quantidade como em qualidade. “Está atrasada mas é boa”, disse a gestora, sublinhando que produzem “ao nível do melhor que se faz no mundo” e a prova disso “é o aumento de procura da nossa fruta nomeadamente pelo mercado do Brasil e Inglaterra”. Recordou que o país de língua inglesa é um grande comprador da fruta do Oeste e também da pera rocha e maçã de calibre mais pequeno, que depois distribui pelas escolas.

Chefes improvisam pratos com produtos locais

Antes do concerto, Miguel Araújo fez a honra de apresentar a sessão de showcooking com os chefes Miguel Laffan e André Magalhães. Além da boa música, foi notável também a sua boa disposição. O cantor falava enquanto os prestigiados chefes portugueses improvisavam os seus pratos que foram confecionados com produtos locais de um cabaz composto por maçã Gala e pera rocha da Frutalvor, morango do Oeste, codorniz do Landal, couve e alface da região, e ainda vinagre de sidra e aguardente de pera rocha.

Miguel Araújo revelou que o seu prato preferido e que sabe fazer melhor é caril de frango com legumes. Lembrou que tem antecedentes da Índia e que a sua avó fazia o seu próprio caril.

Cada chefe à sua maneira recriou um prato com os produtos do cabaz, que no final agradou ao paladar dos jornalistas presentes.

Codorniz escalfada e corada, com maçã de Alcobaça e pera Rocha em cima de massa folhada foi o prato confecionado por Miguel Laffan. Em declarações à imprensa o chefe disse que as frutas da região Oeste são “bem conhecidas e procuradas pelos chefs de cozinha”. Quanto à iniciativa de showcooking em certames considera “ótimo” porque pode “partilhar” o que faz. “O que nos liga à comida é a partilha e a boa disposição”, adiantou.

O plano, no futuro próximo, é continuar no projeto do restaurante L’And Vineyards, emMontemor-o-Novo. Também destacou o seu espaço no Mercado da Ribeira “Chicken All Around”, um conceito à base do franco mas com temperos de todo o mundo com maior incidência nos paladares da Ásia e do Oriente.

André Magalhães, responsável pela Taberna da Rua das Flores, no Chiado, em Lisboa, também improvisou um prato com os produtos do cabaz. Apresentou um prato com codorniz recheada com morangos e bacon e uma salada de couve crua com pera rocha.

O chefe também destacou o showcooking na feira dos frutos uma vez que estimula as pessoas a utilizarem e abordarem de formas diferentes os produtos locais. “Não faz sentido utilizarmos produtos que vêm do outro lado do mundo”, afirmou André Magalhães, aconselhando as pessoas a comerem a fruta da época.

Revelou que no seu restaurante em Lisboa utiliza produtos da região Oeste. “Trabalho diretamente com os produtores e chegam desta região muitos produtos de qualidade”, explicou o chefe.

Marlene Sousa

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