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Feira dos Frutos com 100 mil visitantes e 150 mil euros de receita

Marlene Sousa

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A Frutos 2016, que decorreu entre os dias 19 e 28 de Agosto, registou cerca de 100 mil visitantes e uma receita aproximada de 150 mil euros, sendo considerada pela organização uma aposta ganha. O evento, que regressou ao Parque D. Carlos I 24 anos depois da última edição neste espaço verde, valorizou e afirmou o tecido económico da região. A prova de que o evento foi um sucesso para os 200 expositores é que muitos já fizeram a pré-inscrição para a edição de 2017.
Sessão de encerramento da Frutos

Famílias inteiras, grupos de jovens, caldenses e visitantes, muitos estrangeiros visitaram e desfrutaram dos vários espaços que ofereceram fruta, gastronomia, artesanato, doçaria, humor e música.

Nelson de Souza, secretário de Estadodo Desenvolvimento e Coesão, que presidiu à sessão de encerramento da Feira da Fruta 2016, viu a emoção e satisfação do presidente e vice-presidente da Câmara das Caldas quanto ao sucesso da iniciativa.

O secretário de Estadodo Desenvolvimento e Coesão felicitou a autarquia pela capacidade de repor na agenda das atividades do município esta importante iniciativa de afirmação de “um setor que é vital para a economia local e da região Oeste”.

O membro do Governo sublinhou que o sector da hortifruticultura constitui um dos bons exemplos daquilo que é “a visão atual do que se pretende para o desenvolvimento do país e para desenvolvimento regional”.

Apontou que o setor agrícola foi capaz de crescer e de produzir com maior qualidade e rigor, atraindo novos atores e jovens mais qualificados. Destacou a capacidade de captar novos mercados e de exportar produtos simples como a maçã de Alcobaça ou a pêra rocha “alcançando várias centenas de milhões de euros de exportações com base nos atributos de qualidade e de inovação”.

“Esta foi verdadeiramente uma aposta ganha”, afirmou o presidente da Câmara das Caldas, Tinta Ferreira, na cerimónia final do evento, que contou com 200 expositores.

O festival recebeu, segundo a organização, “cerca de 100 mil visitantes” nesta primeira edição do novo ciclo, cujo sucesso Tinta Ferreira considera dever-se “à qualidade da programação musical” mas também ao facto da grande quantidade “de expositores, patrocinadores, participantes, entidades, instituições, equipas de trabalho e visitantes que fizeram com que esta reedição da Frutos fosse um enorme êxito”.

O autarca destacou “a participação de muito público, quer nos concertos quer nas restantes áreas temáticas do certame e inúmeras iniciativas que se realizaram”. Considerou que teve um impacto muito positivo na economia local.

De acordo com o autarca, “há pequenas coisas que se podem melhorar” em próximas edições.

Tinta Ferreira sublinhou ainda que se a Câmara não tivesse a concessão doparquee damata“não seria possível organizar esta feira porque não haveria autonomia para a fazer”.

O vice-presidente da Câmara, Hugo Oliveira, recordou todas as reuniões e trabalhos da comissão organizadora da feira. “Foi necessário pensar esta feira, trazendo aquilo que ela tinha no passado, e trazer inovação”, disse o autarca.

Recordou algumas das dificuldades em tentar envolver os todos os setores tradicionais do concelho (a cerâmica artística, as termas, o setor primário, a gastronomia, entre outros). Dos 200 expositores que participaram na feira, Hugo Oliveira revelou que muitos fizeram a pré-inscrição para a próxima edição em 2017, o que significa que “ficaram satisfeitos com a organização e da forma como correu”.

O autarca frisou que é preciso melhorar algumas coisas, destacando a limpeza e acompanhamento de todos os stands e expositores.

Hugo Oliveira frisou que os preços acessíveis ao recinto tiveram como preocupação principal que todos pudessem vir à Feira dos Frutos. Revelou que houve uma receita de cerca de 150 mil euros.

Destacou ainda o trabalho da UniãodasFreguesiasdas Caldas da Rainha -Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório, que tendo a responsabilidade da manutenção do Parque D. Carlos I, “não deixou de a ter durante os dez dias da feira”.

Prémios

Decorreu durante a Feira dos Frutos 2016 um concurso entre vários expositores de produto sabor e qualidade em fresco e transformado e ainda produto inovação.

A entrega dos prémios decorreu no último dia da feira, integrada na cerimónia de encerramento. Aos vencedores foi dado um diploma, medalha e saco verde da Caixa de Crédito Agrícola.

Os vencedores foram os seguintes: Produto Sabor e Qualidade em fresco – 1º lugar – Frescos da Vila – Morango (Albion); 2ºs lugares – Filipe Dimas – Framboesa; APMA – Maçã de Alcobaça IGP; Produto Sabor e Qualidade Transformação – 1º lugar – Machado Pastelaria – Broas de Batata Doce; 2º lugares – 120 Bar – Funkinpro (polpa de fruta); Gotrix Bar – Caipirinha de pêra rocha; Conservas a Oeste – Doce de Tomate com picante; Cooperfrutas – Puré de fruta DOP/IGP; Gramas com Sabor – Bolachas artesanais com fruta desidratada; Pastelaria Java – Bolo de Espinafres e chocolate; Fofos da Rainha – Pão de ló Chocolate e Alfarroba; Inovação – 1º lugar – Fabridoce e Cooperfrutas – Sorvete de maçã/pêra ( IGP/DOP); 2ºs lugares – Macaron D´Óbidos – Macarons com produtos regionais; Meia Tigela – Fruta das Caldas, salada de frutas em Cavaca das Caldas.

Ana Catarina Mendes destaca o setor hortofrutícola

A secretária-geral adjunta do PS, Ana Catarina Mendes, visitou no último dia a Frutos 2016. A dirigente teve nas Caldas um encontro com militantes para preparar as próximas eleições autárquicas e disse que “a Feira dos Frutos é um exemplo daquilo que deve ser o desenvolvimento económico e cultural do nosso país”. “Se nós olharmos para aquilo que tem sido o esforço da transformação na agricultura quer ao nível da inovação, com as diversas universidades, quer ao nível do comércio para as exportações ou para o consumo interno, temos um setor que não pode ser abandonado, mas sim reforçado”, sublinhou.

A socialista recorda o Parque D. Carlos I, local onde brincou quando era criança e ficou muito satisfeita de “hoje ver que volta a ter vida com bastante movimento”. “É a prova do espírito que se vive hoje em Portugal. Maior confiança, maior descontração e maior otimismo e isso é fundamental para os munícipes”, declarou.

Marlene Sousa

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