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Onze aguarelistas andaram pelo concelho a pintar

Mariana Martinho

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Pelas ruas, praças, parque, mata das Caldas da Rainha, Foz do Arelho, Lagoa e pelos campos das freguesias rurais esteve de novo um grupo de onze aguarelistas oriundos de vários países, que registaram, reinterpretaram e até criaram elementos da identidade da região nos seus trabalhos, apresentados no passado sábado, no Centro Cultural e de Congressos de Caldas da Rainha. Esta IV edição Internacional Watercolour Meeting, que decorreu entre 12 a 22 de agosto, foi mais uma vez um “sucesso” para a direção artística do festival.
1- Grupo de aguarelistas na sessão de encerramento do IV Internacional Watercolour Meeting

Ao longo de dez dias, o grupo de aguarelistas composto por António Giacomin, do Brasil, Ermelinda Sousa Lopes e Júlio Jorge de Portugal, Belén Álvarez, Teresa Guardilla, Cesc Farré de Espanha, Véronique Legros-Sosa, Florence Peydière e Franck Rollier de França, e Anna Ivanova e Anna Shevtsova da Rússia, partiu à “descoberta dos nossos quotidianos, das nossas paisagens, da nossa história, dos nossos sonhos”. Assim, através dos seus trabalhos afirmaram os valores de intercâmbio e divulgação artística, cultural e turístico.

Para António Bártolo, responsável pela direção artística, “desde sempre estou responsável pela direção do Internacional Watercolour Meeting, que já vai na quarta edição”, e que proporciona a um grupo de aguarelistas uma residência artística de dez dias. “Muitos saem satisfeitos e muito contentes por esta experiência”, salientou o responsável, que desde 2010 está frente deste encontro bienal.

Ao longo destes seis anos, “o balanço é sempre positivo de edição para edição”, pois o grupo de aguarelistas “tenta deixar o melhor de si aqui”. Além disso, este encontro permite aos aguarelistas “toda a disponibilidade e tempo, para poderem produzir o melhor possível, não na quantidade mas sim na qualidade”.

“A aguarela movimenta muitos artistas de várias nacionalidades, que normalmente não têm muito tempo para se dedicar à atividade”, disse, adiantando que para a realização de evento é preciso dois anos para “escolher o melhor que podemos para integrar este grupo”.

De acordo com o responsável cada artista tem o seu método de produção e técnicas variadas, que “são essenciais para que todos saiam daqui mais ricos do que quando chegaram”. Ainda explicou que este “Internacional Watercolour Meeting” permite que todos partilhem técnicas e saberes, pois essa é a função deste “encontro”.

António Bártolo salientou que “ fico sempre muito agradecido ao CCC por esta oportunidade de poder juntar os artistas e ainda poder mostrar-lhes o nosso país”.

Na sessão de encerramento, alguns aguarelistas desta edição estiveram presentes. Para Belén Álvarez, “este encontro foi uma experiência muito agradável e importante, pois pude pintar tudo o que vi juntamente com os meus colegas, ao mesmo tempo contribuiu para o enriquecimento de técnicas”. Com trabalhos de dimensões mais pequenas, a artista, que participou pela primeira vez neste tipo de iniciativas, explicou que optou por pintar nos seus vinte trabalhos o Parque D.Carlos I e a Igreja Nossa Senhora do Pópulo.

Já Véronique Legros-Sos considera que o “Internacional Watercolour Meeting é muito importante, pois sinto-me integrada na cidade e no movimento artístico que esta tem”. Ao longo destes dias “as pessoas observavam-nos e apreciavam o nosso trabalho, o que fez com que tivesse muita necessidade de pintar o que via”.

A artista francesa pintou 22 obras, sendo que em algumas “fiz um croqui na rua e vim para o ateliê concluir a obra e noutros casos tirei fotografias”. Não é a primeira vez que participa nesta iniciativa, sendo a primeira aguarelista a repetir a experiência, que para si é fundamental para a sua vida profissional.

António Giacomin foi outro dos aguarelistas que participou na iniciativa, com 26 aguarelas expostas. ”Foi uma experiência maravilhosa, não só pelo fato de produzirmos mas essa ligação que criamos entre artistas de nacionalidades diferentes”, salientou.

Anna Ivanova explicou que “todas as seis imagens que fiz são de sítios que visitámos em Caldas da Rainha, como a Praça da Fruta, Foz de Arelho e a Igreja”.

Para a artista, “foi uma experiência muito importante, pois permitiu conhecer sítios magníficos e pessoas fantásticas, que contribuíram para a minha aprendizagem enquanto aguarelistas”.

Carlos Mota, diretor do CCC, disse que “este processo para nós é uma aprendizagem que procura fazer com que as pessoas olhem e valorizem esta arte que é a aguarela”. “Queremos continuar e gostaríamos que voltassem mais vezes como turistas e amigos”, referiu. Vítor Marques, presidente da União de Freguesias Nossa Senhora do Pópulo, Coto e S. Gregório, manifestou que “é muito importante dar continuidade a este trabalho, onde este grupo de aguarelistas retrata as nossas paisagens e levam-nas para outros países”.

Maria da Conceição Pereira, vereadora da cultura, disse que “as Caldas é uma cidade média, com várias áreas com que se tem vindo a distinguir e certamente esta área vai começar a marcar presença”.

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