Mas tal não significa uma reposição a todo o custo, especialmente se resultar em prejuízo para a freguesia. É desta forma que a executivo da União de Freguesias de Alcobaça e Vestiaria (UFAV) entende a resolução assumida pelo sr. presidente quando propõe a cedência da Escola Primária de Alcobaça ao Governo para instalação do Tribunal de Família.
Naturalmente que a UFAV não pode estar de acordo.
Não podemos estar de acordo em ceder património a quem tem capacidade de aquisição quando ele é escasso para a implementação dos projetos do próprio município. Não podemos estar de acordo observando, que por esta mesma escassez, a CMA tem despendido investimento em aquisição de imobiliário privado para instalação dos seus próprios projetos. As aquisições impedem a aplicação das verbas na resolução de outras necessidades. Não estamos de acordo porque reclamamos o mesmo tratamento dado a outras freguesias. Desejamos receber a Escola Primária, como outras Juntas receberam, para implementação dos seus projetos ou apoio a projetos de fregueses / coletividades.
Foi neste sentido que apresentámos ao sr. presidente algumas ideias para ocupação da Escola Primária.
Por um lado, a UFAV candidatou-se a receber a instalação, da Universidade de Coimbra, da única biblioteca nacional educacional infantojuvenil complementada por espaços para atividades lúdicas à disposição das instituições infantis e dos fregueses. Para além do mais, permitiria ainda reforçar a atividade da Universidade de Coimbra em Alcobaça e tudo o que traz de positivo, bem como a consequente visita de um vasto universo de investigadores e profissionais da área da educação.
Por outro lado, era intenção da UFAV disponibilizar alguns dos espaços às associações / coletividades / instituições de cariz desportivo e sociocultural, como forma de apoio ao seu crescimento e desenvolvimento das suas atividades diárias dedicadas aos moradores da freguesia.
Todas estas ações, ou eventualmente outras, ficam hipotecadas. Não só não podemos agir como ainda perderemos património.
A questão central é única. O edifício pertence às pessoas de Alcobaça e tem mais valias e polivalência para ser utilizado pela Junta ou pelo Município como facilitador da implementação dos seus projetos mais urgentes.
Existem outras soluções possíveis de contratar por parte do Governo Central para o Tribunal de Família, sem que isso ponha em risco o seu importante regresso à cidade. Convém relembrar, que outrora, já funcionou no próprio Palácio de Justiça de Alcobaça.
Lamentamos que, mais uma vez, o sr. presidente assuma uma solução sem mostrar o mais pequeno interesse pelas ideias e pontos de vista de quem foi eleito pelos fregueses para governar os destinos da freguesia.
Bruno Rego
Executivo da União de Freguesias de Alcobaça e Vestiaria
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