Vêm os filhos, vão os filhos, vêm os netos, vão os netos, mas esta Baía sempre foi e será uma Concha de acolhimento para as centenas de famílias que aqui se refrescam com a sua prole mais ou menos abundante – é seguramente a praia que tem mais crianças por metro quadrado….
O sossego, a tranquilidade, a segurança e as características da Vila são um excelente convite para vir e voltar.
A partir de junho, paulatinamente, tudo vai ficando com mais sabor a praia, montam-se as barracas no areal, vêm os enxames de crianças com aquele alvoroço tradicional que nos enche de alegria e esperança renovada, até que em julho e agosto atinge o seu maior esplendor: restaurantes, cafés e esplanadas rejubilam para acolher quem a elege com o fim de desfrutar as suas almejadas e merecidas férias.
Porque tempo de lazer propicia Paz interior e “não só de pão vive o homem”, a Igreja também altera o seu compasso litúrgico e celebra diariamente a Eucaristia. Esta medida não é em vão, pois um facto é que, de ano para ano, são mais os veraneantes que vêm decididos a não dar férias a Deus…
Os esforços desencadeados e as melhorias alcançadas são muitos e bem visíveis: uma Baía cada vez mais encantadora e limpa, acolhedora e fotogénica, porém, há sempre um mas, o qual vou aqui deixar registado na esperança de que ainda possa sentar-me numa esplanada da marginal a saborear uma imperial com os amigos, um gelado com os netos ou um lanche com ”a patroa”, sem ter por cenário os muitos automóveis que estacionam entre mim e o mar. Será pedir muito? Uns canteiros com flores a delimitar o passeio, deixando entrever os barcos na Baía e eu diria que MELHOR É SEMPRE POSSÍVEL QUANDO OS HOMENS QUEREM…
José M. Esteves
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