A medida foi anunciada no passado dia 17, no final de uma reunião no Parque de Negócios em Alcobaça entre os membros do Gabinete de Crise da Suinicultura e os presidentes das autarquias da região nas quais o setor da suinicultura tem mais peso, nomeadamente, Alcobaça, Caldas da Rainha, Óbidos, Torres Vedras, Porto de Mós e Batalha.
O encontro visou a elaboração de um conjunto de medidas de apoio a um setor que tem vindo a enfrentar graves dificuldades. De acordo com os suinicultores, o setor atravessa uma das maiores crises de sempre, com o preço ao produtor a atingir os valores mais baixos de toda a Europa, o que provocou no primeiro trimestre deste ano uma quebra de produção na ordem dos 40%.
As medidas em cima da mesa passavam pela maior celeridade no licenciamento de empresas, promoção do consumo da carne de porco portuguesa junto nas cantinas sociais e escolares e condições extraordinárias a nível de taxas municipais.
“A carne de porco portuguesa tem uma grande qualidade, reconhecida já do ponto de vista científico e por isso deve ser promovida e sustentada. Estas medidas têm de ser trabalhadas no atual quadro legislativo pelo que faço um apelo ao sr. Ministro da Agricultura que considere as propostas que aqui trabalhámos nesta reunião e que são complementares às que a tutela já tomou nomeadamente ao nível da obrigatoriedade da identificação da nacionalidade do produto no respetivo rótulo”, afirmou Paulo Inácio, presidente da Câmara de Alcobaça.
Os seis autarcas presentes apelaram também aos suinicultores para uma maior responsabilidade ambiental nas suas práticas.
João Correia, do Gabinete de Crise da Suinicultura, agradeceu “a manifestação inequívoca de apoio ao nosso setor”, apesar de admitir que as medidas acordadas “não resolvem os problemas, mas são um passo importante”.
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