Conceição Pereira, vereadora da cultura, considera “bastante positivo” o balanço da atividade daquele equipamento, revelando que é uma “casa orientada e arrumada a nível financeiro”.
Na apresentação das contas, Carlos Mota, diretor geral do CCC, apresentou o Caldas Nice Jazz que inicia a 7 de outubro com um cartaz de grande nomes nacionais e internacionais. Destacou ainda que esta casa pretende afirmar-se no roteiro internacional das artes de rua, voltando a investir no “Caldas Anima”, que contará este verão com as “atuações de palhaços internacionais e terá como ponto alto a realização de uma escola de palhaços, agendada para decorrer anualmente no mês de julho”.
Em oito anos de vida o CCC recebeu 387764 espectadores, para um total de 1335 eventos de teatro, cinema, música, exposições, entre outros.
No ano passado houve 144 espectáculos e eventos, mais 14 do que em 2014, mas registou-se uma ligeira quebra nos visitantes, 51130, menos 348 do que há dois anos.
“Conseguimos em 2015 um dos melhores resultados dos últimos anos, com um resultado líquido de 48.873,73 euros”, afirmou Vítor Marques.
O presidente da Culturcaldas, afirmou que o saldo deve-se “ao esforço grande que temos feito, para gerir de forma adequada”.
As exposições foram os eventos que mais pessoas atraíram à principal sala de espectáculos das Caldas: 23 mil. Seguem-se os concertos com 10500 pessoas e o teatro com 3700 espetadores. Em média, houve mais público por espectáculo de teatro, música e de dança em 2015 do que no ano anterior e menos no cinema e nas exposições.
Para este balanço positivo também contribuiu os alugueres do espaço para congressos e outros eventos, com um total de 76. Contudo, Vítor Marques também explicou que “ter mais eventos e alugueres não corresponde a um aumento de receita”, pois a entidade gestora teve de rever os valores cobrados face à concorrência e ainda o programa de fidelizações de clientes, que estabelece descontos.
A vereadora considera que CCC ao longo deste anos tem-se “promovido e credibilizado” e que “está no circuito dos melhores espectáculos do país e muitas vezes além-fronteiras”.
Outro trabalho que Conceição Pereira destacou foi a captação de públicos, desde “infantis aos seniores”. “Além do público das Caldas da Rainha, há pessoas dos concelhos vizinhos e de Santarém a Lisboa”, revelou a autarca, referindo que conseguem adquirir essa informação através da compra dos bilhetes online.
O CCC também tem protocolos com várias entidades, entre outras, com a Escola Vocacional de Dança e Academias de Teatro.
Esta infraestrutura, na qual a autarquia das Caldas da Rainha investiu 15 milhões de euros, completa assim “oito anos numa situação bastante equilibrada”, afirmou Conceição Pereira, acrescentando que “valeu a pena o esforço que foi feito para a construção deste espaço que dignifica o concelho e a região e que é único entre Lisboa e a Figueira da Foz”.
Grandes eventos para 2016
A apresentação do relatório de contas do CCC serviu também para divulgar alguns dos grandes eventos para 2016.
Carlos Mota destacou o Caldas Nice Jazz 2016, que decorrerá entre 7 de outubro a 6 de novembro, com uma programação de grande logística, e que trará à cidade músicos oriundos de diversos países.
“O festival com este tipo de programação obrigou a negociações complicadas e o orçamento está a ser pago todos os meses”, explicou Carlos Mota.
O cartaz é encabeçado pela Glenn Miller Orchestra, dirigida pelo maestro Ray McVay, que continua a encantar os espectáculos com os grandes sucessos de Moonlight Serenade, InThe Mood, Tuxedo Junction ou Chattanooga Choo Choo. Ray McVay dirigirá cerca de 20 músicos e cantores nesta Big Band, num regresso até aos anos trinta. Também vão atuar nomes como Jordi Rossy e Filipe Melo Trio, John Pizzarelli, Chizhik Jazz Quartet, Sofia Ribeiro, Hailey Tuck e Daniel Bernardes’ Crossfade Ensemble.
O programa contempla ainda workshops, masterclasses, arruadas e iniciativas de jazz na cidade e nas escolas.
O diretor geral do CCC destacou ainda o Caldas Anima, que contará com as actuações de grupos de palhaços de qualidade internacionais na cidade e terá como ponto alto a realização de uma escola de palhaços, agendada para decorrer de 9 a 17 de julho. “A novidade é a Internacional Clown School, um curso para palhaços com 35 vagas e destinado a profissionais”, explicou.
O curso vai ser ministrado pelo chileno Rob Cartwright, pelo americano Jef Johnson e pelo argentino Viktor Tiomate.
O “watercolor meeting”, um encontro bienal que reúne aguarelistas de vários países, intercalado com uma exposição internacional de aguarelas, é outro dos pontos fortes da programação. A iniciativa, que já vai para a terceira edição, decorrerá entre 19 a 28 de agosto.
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