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Equipamento integrado de apoio à população idosa arranca em Alvorninha

Francisco Gomes

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Realizou-se no passado domingo a cerimónia que marca o início das obras de construção do lar de idosos de Alvorninha, com serviço de apoio domiciliário e centro de dia. Trata-se de um investimento que ultrapassa um milhão de euros.
População assistiu à cerimónia

O lançamento e bênção da primeira pedra desta obra social foram presididos pelo ministro do Trabalho e Segurança Social, contando com a presença da deputada socialista Odete João, da diretora da Segurança Social do distrito de Leiria, dos presidentes da Câmara e da Assembleia Municipal, vereadores e presidentes de junta.

A obra é da responsabilidade da Associação de Desenvolvimento Social da Freguesia de Alvorninha. O presidente desta instituição, Arcelino Martins, revelou que na freguesia existem 800 idosos com mais de 65 anos, razão pela qual a associação foi criada em 1993, com a valência de apoio domiciliário a surgir em 1999. Em 2006 foi inaugurado o centro de dia.

Dadas as necessidades da freguesia, decidiu-se avançar, em terreno cedido pela Câmara, para a construção de raiz de um equipamento integrado de apoio à população idosa, com lar para 34 utentes, centro de dia para 10 e apoio ao domicílio para 56.

Estimada em um milhão, cento e cinquenta mil euros, sem contar com todo o equipamento, a obra conta com o apoio da Câmara das Caldas da Rainha, com 35% do valor até 400 mil euros, e da junta de freguesia com 15 mil euros este ano, e um empréstimo bancário de 700 mil euros. Está a ser terminado um peditório pela freguesia e estão a ser realizados vários eventos de angariação de fundos.

“Passados 14 meses, esperamos estar a inaugurar este complexo social”, declarou Arcelino Martins.

O presidente da assembleia geral da associação e antigo presidente da junta de Alvorninha, Virgílio Santos, comentou estar orgulhoso com o início da obra, que, reconheceu, “há já muitos anos era um sonho da população”, numa época em que “os idosos quase são considerados como um estorvo”.

“De que nos serve termos mais esperança de vida, e mais anos de vida, se depois eles foram vividos sem qualidade de vida digna, em condições de isolamento, tristeza e nalguns casos de maus tratos?”, interrogou.

Desafiou então o poder público a “mostrar em termos práticos o que se apregoa nas campanhas eleitorais”, nomeadamente o Estado, “sendo esta uma das grandes paixões do Governo”, e “contribuir com os apoios para a construção desta importantíssima obra”.

Avelino Custódio, presidente da junta de freguesia de Alvorninha, revelou que as projeções de população residente na freguesia até 2050 “revelam um envelhecimento continuado da população”, tornando-se assim “indispensável equacionar a prestação de cuidados a um grupo etário com necessidades de maiores apoios, tanto a nível pessoal, como de saúde”.

“Esperamos que a Segurança Social não se esqueça dos nossos idosos”, manifestou, descrevendo que o equipamento a construir irá assegurar alojamento, cuidados de higiene e conforto, alimentação, assistência médica e de enfermagem, para além de actividades recreativas, assistência religiosa e acompanhamento ao exterior para consultas.

“Para que seja possível um envelhecimento com qualidade de vida, é crucial que sejam construídos equipamentos da qualidade como aquele que hoje estamos aqui a lançar a primeira pedra”, vincou.

Lalanda Ribeiro, presidente da Assembleia Municipal das Caldas da Rainha, lembrou que se estava a celebrar o dia da cidade, “em que honramos a rainha que deu origem às Caldas e que foi virada ao apoio aos mais necessitados, que não são necessariamente os que não têm bens materiais, são todos os que precisam de ajuda, e a associação tem precisamente essa finalidade”.

Tinta Ferreira, presidente da Câmara, indicou que todas as freguesias das Caldas têm estruturas de apoio social, mas nem todas têm lares. “Mas em Alvorninha justifica-se. Esta é a primeira de quatro. Outras estão a preparar-se para lançar em Nadadouro, Salir do Porto e Carvalhal Benfeito”, referiu.

“Alvorninha tem uma área muito grande e uma população dispersa, que precisa de cuidado e encaminhamento”, frisou, considerando ser “fundamental uma infraestrutura com caraterística de lar, com acompanhamento permanente e que permita a socialização das pessoas, para não se sentirem isoladas”.

“Esta obra é um ato de coragem dos alvorninhenses, porque sentiram que era uma necessidade imperiosa, independentemente da garantia de apoio público por parte da administração central ou fundos comunitários e decidiram avançar com apenas duas garantias – recursos próprios da associação e das pessoas de Alvorninha e comparticipação municipal”, afirmou Tinta Ferreira.

O presidente da Câmara revelou que tradicionalmente a autarquia comparticipa 25% das despesas, mas desta vez, atendendo à pertinência da obra e à insistência do presidente da junta, foi decidido excecionalmente aumentar para 35%.

“A associação espera uma janela de oportunidade de fundos comunitários no decorrer da obra”, sublinhou.

O ministro Vieira da Silva declarou que “nos últimos dez anos Caldas deu um salto enorme. Foi construída perto de uma dúzia de respostas sociais, algumas de significativa dimensão, o que transformou o concelho”.

Quanto à empreitada de Alvorninha, disse ser uma “obra que tem condições para ser bem sucedida”, prestando um reconhecimento pelo trabalho feito pela associação até agora. Adiantou acreditar que o investimento possa vir a ter apoio estatal e comunitário.

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