Ao som de uma melodia calma, o orador começou por transmitir a sua opinião, comparando a educação com o ritmo da melodia, “em que se ouve sempre o mesmo”. ”Os pais têm de ter sempre a mesma mensagem”, explicou o professor, acrescentando que não pode haver nem altos nem baixos na educação.
“Um adolescente não é um homem nem uma mulher, mas caminha para lá”, afirmou o orador.
O adolescente, na perspetiva de José Fraústo Ferreira, “não é fácil educar”, pois exige tempo e sabedoria, sendo que a maioria dos pais não sabe lidar com eles.
“Na educação não há milagres nem receitas mágicas”, admitiu o professor, acrescentando que a educação começa vinte anos antes de a criança nascer. Ainda destacou que “não é fácil estabelecer contato, nem diálogo com o adolescente”.
“Os pais têm obrigação de comunicar com os filhos e prepará-los para ouvirem críticas e para o desemprego”, sublinhou.
Para o convidado, a instrução é o papel da escola, que procura transmitir conhecimentos para que os adolescentes sejam um dia cidadãos com valores. Para o professor, “um cidadão se não tiver educação não é completo”.
O convidado também revelou a importância dos pais estarem atentos às atitudes e aos comportamentos, para mostrarem caminhos e direções aos filhos. Destacou ainda que normalmente os pais falam demais, comparando-os a um “papagaio, com discursos vazios”. “Chega, falem menos e oiçam mais”, frisou o professor, acrescentando que os adolescentes são frágeis e precisam de atenção.
Na sua perspetiva, a maioria das famílias não tem tempo para os filhos, refugiando-se no grupo de amigos onde são aceites. ”Os jovens querem ser aceites, já que os pais não lhes dão atenção”, adiantou José Fraústo Ferreira, frisando mais uma vez que “hoje em dia é um desafio constante educar um adolescente”. Assim o convidado propôs ao público presente que dedique mais tempo aos filhos, “desligando a televisão ao serão”.
Outro aspeto focado foram os três objetivos de um adolescente, que ambiciona ser livre, autónomo e ter independência. Como tal, deixou um conselho aos pais e professores para que ambos procurem transmitir “serenidade, ordem, pontualidade e alegria aos seus filhos”.
Ana Sofia Fonseca, presidente da Associação de Pais do Agrupamento de Escolas D. João II, também explicou que é muito importante envolver os pais e a restante comunidade escolar neste tipo de iniciativas. Revelou que associação de pais, em parceria com Associação CD Sírius, prevê criar um ciclo de conferências, com temas sugeridos pela comunidade, “para responder a questões que vos sensibilizam”.
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