Com o tempo a ameaçar chuva, vento forte e inconstante na direção, prejudicando ambas as equipas, pitch em bom estado, e com o público em número apreciável, em maioria afeto aos ribatejanos, fruto da excelente época que têm vindo a protagonizar, assistiu-se a uma boa partida.
Os pelicanos, com a sorte já traçada, relegados à 2ª divisão, procuravam despedir-se desta época com um jogo empenhado.
Os primeiros minutos foram um pouco desconexos, ainda que com alguns bons apontamentos. O Santarém iniciou a tentar construir fases de ataque, mas estragou o bom trabalho coletivo por mergulho no ruck, respondendo o Caldas com um excelente pontapé tático profundo no território adversário.
Aos dez minutos o Santarém construiu uma sucessão de fases e, através de rápidas trocas entre os seus 3/4 resultou um ensaio não convertido.
Nos dez minutos seguintes, os cavaleiros tiveram muitas oportunidades para aumentar a vantagem, mas muitos dos seus movimentos promissores foram abortados por erros de passe ou placagens no limite por parte dos
Depois de um período de jogo a meio-campo, Santarém conseguiu marcar um ensaio convertido, rompendo uma frágil defesa caldense num dia com falta de crença na placagem.
Outro movimento de ataque, em profundidade e rápido, sem contestação na placagem, resultou em mais um ensaio não convertido aos 36 minutos.
Os pelicanos reagiram positivamente e, aos 38 minutos, optaram por jogar à mão uma penalidade torneira perto de linha de ensaio do Santarém, mas a movimentação dos avançados não teve a coesão necessária e o ataque gorou-se no contacto, por um toque para a frente.
No final da primeira parte o Santarém demonstrou uma falta de auto-disciplina, vendo dois dos seus jogadores amarelados (dez minutos no “sin bin”) no espaço de dois minutos, por contestação de decisões do árbitro.
Ao intervalo: Caldas 0 – 17 Santarém. O Santarém entrou na 2ª parte ao ataque, colocando o jogo no meio campo do Caldas, que não soube reagir adequadamente.
O Santarém consegue várias penalidades a seu favor nos 22 metros adversários e, após algumas opções erradas, produz uma boa jogada à mão e obtém, ao 46º minuto, um ensaio na ponta direita, não convertido.
Os dez minutos seguintes foram pobres em termos técnicos, com ambas as equipas a cometerem muitos erros. O jogo recupera algum entusiasmo, novamente no minuto 55, quando o Santarém consegue uma excelente jogada à mão que termina com um pontapé a seguir, um ruck bem limpo e um toque de meta, não convertido. Quatro minutos depois, de novo um excelente pontapé tático resulta em novo ensaio, não convertido, para os
cavaleiros.
O Caldas tentou sempre ser competitivo, mas o desânimo natural de fim de época pouco positiva bloqueou a capacidade de placagem, o que resultou em grandes dificuldades para conter os rápidos movimentos do Santarém. Com a entrada nos últimos quinze minutos, ambas as equipas procederam a várias substituições.
No minuto 69, o Caldas formou um maul, bem conduzido, empurrando o pack escalabitano até perto da sua linha de ensaio. Contudo, acabou finalizar com a saída pela lateral. O Santarém respondeu com um movimento rápido, mas frustrado por uma boa defesa pelicana.
O Caldas pressionou nos últimos cinco minutos e, finalmente, marcou um ensaio, não convertido, no minuto 77, pelo centro Gonçalo Silva, recompensa justa pelo esforço e determinação que tentou demonstrar. O jogo não terminou sem o Santarém confirmar a sua superioridade com mais um ensaio, este convertido, nos últimos minutos do jogo.
Resultado final: Caldas 5-39 Santarém.
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