Q

Previsão do tempo

15° C
  • Thursday 16° C
  • Friday 16° C
  • Saturday 14° C
15° C
  • Thursday 17° C
  • Friday 16° C
  • Saturday 14° C
16° C
  • Thursday 17° C
  • Friday 16° C
  • Saturday 14° C

Revisão do mapa das freguesias está nas intenções do governo

Francisco Gomes

EXCLUSIVO

ASSINE JÁ
No programa “Pontos de Vista” (uma parceria Mais Oeste Rádio/Jornal das Caldas) da passada quarta-feira, foi discutida a intenção do governo de colocar na agenda política a revisão do mapa das freguesias, pretendendo fazer este ano a reavaliação do processo de agregação de freguesias para corrigir eventuais erros antes das eleições autárquicas de 2017.
José Carlos Faria, Manuel Nunes, Joana Filipe, João Frade, Emanuel Pontes e Rui Gonçalves

“Nem tudo vai voltar ao que era e nem tudo vai ficar como está. Não voltaremos às quatro mil e tal freguesias, mas não ficaremos só com as atuais três mil e tal. Tudo se conjuga para que seja proposta uma lei-quadro que fixe os parâmetros para juntar ou desagregar freguesias ou municípios”. Declarações do secretário de Estado das Autarquias Locais, Carlos Miguel, que mereceram a análise dos comentadores de “Pontos de Vista”.

Recorde-se que a reorganização administrativa do país, em 2013, levou à redução de 1165 freguesias, das 4259 então existentes.

A intenção do governo merece a concordância de Joana Filipe, do BE, para quem “faz todo o sentido rever esta matéria de maneira democrática e o momento é oportuno”.

“Não se pode andar a cortar freguesias a régua e esquadra e o anterior governo infringiu a carta europeia da autonomia local, um tratado internacional ao qual Portugal aderiu, e que diz que as autarquias devem ser consultadas previamente relativamente à alteração dos limites territoriais, eventualmente por via de referendo. A nossa proposta é que se faça um referendo, porque cada caso é um caso, para saber se quer ficar aglomerado ou sair”, manifestou.

Emanuel Pontes, do MVC, sustentou que o governo revela uma postura diferente em relação ao anterior executivo PSD/CDS. “Houve um show-off para dizer que se fazia a redução de freguesias, mas na realidade os custos mantêm-se na mesma, a única coisa que pode não existir é um presidente e um secretário, e as sedes das freguesias ainda existem”, declarou.

“Cometeram-se atrocidades, como nas Caldas, e ficar como está é que não, tem de se corrigir a porcaria que se fez”, sustentou. No entanto, tem dúvidas sobre a pertinência de referendos sobre a matéria.

João Frade, do PSD, entende que o secretário de estado não apresentou ainda nada de concreto, não acreditando que haja tempo de fazer um referendo antes das próximas eleições. “Eu também não era a favor daquilo que foi feito, porque não se ganharam economias. Mas nas Caldas tudo feito para que a agregação corresse bem e não houvesse problemas”, referiu.

“Apesar de não ser uma situação ideal, acho que não trouxe desvantagens e as pequenas freguesias que foram agregadas às grandes freguesias ganharam em meios humanos e de máquinas. Mas não se perde nada em fazer uma reavaliação. A questão é como é que se vai fazer”, considerou.

José Carlos Faria, da CDU, disse que a medida do governo PSD/CDS “foi um disparate porque não resolveu coisa nenhuma. A argumentação era de contenção financeira e de imposição da união europeia, que não teve em conta a tradição municipalista”. Uma reformulação é bem aceite, mas acha que é preciso clarificar os critérios.

Rui Gonçalves, do CDS, argumentou que a intenção do governo anterior foi “enganar a Troika, que exigiu a fusão de municípios e não de freguesias”. “Isto não poupou um cêntimo, pelo contrário”, afirmou. “As populações não foram em nada afetadas”, acrescentou. No seu entender, a intenção do atual governo é “uma manobra de diversão que se insere na estratégia de desfazer tudo o que o governo anterior fez”. Voltar a mexer nas freguesias “não faz sentido”.

Manuel Nunes, do PS, acha que processo de agregação de freguesias “foi mal feito”, porque “o cerne da questão eram os municípios e não as freguesias, e seja que governo for vai ter de o fazer”. Na sua opinião, justifica-se voltar a falar do processo das freguesias para ser “melhor organizado”.

(0)
Comentários
.

0 Comentários

Deixe um comentário

Últimas

Artigos Relacionados

“Flash mob” comemorou 30 anos da EB de Santo Onofre

Um “flash mob” com a participação de cerca de uma centena de pessoas para assinalar os 30 anos da Escola Básica de Santo Onofre foi o momento alto do Dia Aberto daquele estabelecimento escolar, que decorreu no passado sábado.

dji 0226 0161

PSP intervém em jogo de futebol

O Comando Distrital da Polícia de Leiria da PSP transmitiu que no final de um jogo de futebol do escalão júnior realizado no passado sábado no Campo Luís Duarte, nas Caldas da Rainha, o juiz da partida “comunicou ao comandante do policiamento” ter existido uma “suposta tentativa de agressão ao árbitro” por parte do treinador de uma das equipas.