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Dead Combo com Cordas da Má Fama encenam tasca em palco

Mariana Martinho

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O palco do auditório do CCC estava montado, no passado sábado, em contornos de uma tasca bem tradicional de Lisboa, em que as 27 pessoas sentadas nas sete mesas foram servidas com bebidas e comida, durante todo o concerto. Foi o cenário ideal para os dois músicos conhecidos como Dead Combo entrarem, ao som de aplausos, preparando-se como que para tocar na rua por uma dúzia de cêntimos, acompanhados por um naipe de Cordas, do grupo as Cordas da Má fama.
O palco do CCC transformado numa tasca bem tradicional de Lisboa

Antes de começar o concerto, enquanto lentamente as pessoas se iam sentando e enchendo o auditório, os músicos conhecidos como o Gato Pingado (Tó Trips) e o Gangster (Pedro Gonçalves), pisam o palco pela quarta vez para preparar os instrumentos e deslocam-se ao bar, para um copo ou dois.

Ouvimos os primeiros acordes, do violoncelo, da viola de arco e do violino, que depressa envolveram a plateia com o som, que explora as raízes da música portuguesa, e fazem a dupla lisboeta sair do conforto das pautas, para um formato mais acústico.

O duo de Lisboa fez-se acompanhar pelas “três almas penadas: o magro violino do leste, a viola do Sul e o violoncelo do Norte”, as Cordas de Má Fama (Denys Stetsenko, Carlos Tony Gomes e Bruno Silva), transmitindo uma nova dinâmica e criando uma maior interação entre os músicos, que brincaram entre si: “Enquanto vamos ao bar, vamos deixá-los com os má fama”. Esta aventura com os parceiros perfeitos, surgiu em novembro do ano passado no Misty Fest, “em que fomos convidados para fazer uma coisa especial e diferente, e lembrámos-mos de falar com as Cordas da Má Fama”, explicou Pedro Gonçalves, que foi responsável pela apresentação das músicas, dos músicos e dos temas do espetáculo. “Desta vez, o Tó encarregou-me a mim de falar, mas não estou nada habituado”, frisou.

Definitivamente foi um concerto diferente, em que as guitarradas acústicas e um ensemble de cordas, em parceria com uma secção rítmica, criada pelo bater o pé, de Tó Trips, favoreceram a interpretação de vários temas. Para Pedro Gonçalves, este tipo de concertos “difere em muita coisa, no estilo de reportório, no som que é mais elétrico e na energia”, caracterizando-o como um “espetáculo mais acústico, através de um arranjo de cordas, favorecendo um ambiente mais intimista”.

Com um concerto a bater de perto as duas horas de duração e sala cheia mais uma vez, os Dead Combo despediram-se com os seus temas, “Povo que cais descalço” e “Elétrica cadente”, deixando o público rendido e aplaudindo de pé a chamar por eles. Vieram de novo ao palco com a música “Fado a pilhas”.

Além da banda, o público também fez parte do cenário. Foi convidado a juntar-se ao “quinteto de vadios” para um concerto único, em que encenou uma tasca em palco.

Pouco faladores, Dead Combo explicaram que “pensámos num café concerto, tendo como imagens de fundo os painéis antigos dos cafés de Lisboa”, dando a ideia de um espetáculo intimista e de aproximação ao público que assiste aos concertos. Por outro lado as suas músicas são inspiradas em Lisboa, “aquela que está a desaparecer graças ao descalabro dos turistas”, e ainda dedicadas a “uma Lisboa mais romântica, antiga e com segredos que ninguém sabe quais são”

Tó Trips e Pedro Gonçalves lamentaram que “essa Lisboa está a ser um bocado destruída muito rapidamente”. Além disso, os temas das músicas fazem referência a pessoas reais, como o caso do tema “Adamastor”, que é “dedicado à nossa amiga Ana, a proprietária de um bar”.

Com este projeto, os Dead Combo, que contam já uma carreira notável, procuram dar uma nova dinâmica no seu reportório. Formados em 2002, com a intenção de “tocar aquilo que gostamos de tocar, sem nos preocuparmos em fazer singles, para agradar não sei quem”, têm na participação no programa culinário de Anthony Bourdain sobre Lisboa e na atuação na estreia de Cannes do filme “Cosmopolis”, “a rampa para o sucesso, pois permitiu que certo tipo de pessoas que não iam aos nossos concertos passassem a ir”.

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