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“Queres é leitinho”, o melhor milagre caldense

Mariana Martinho

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Dos 57 candidatos a “melhor milagre caldense” foi escolhido com 31 votos o falo “Queres é leitinho”, do artista e ex-aluno da ESAD.CR Cató IluDe. A eleição decorreu na passada quinta-feira, nos Silos - Contentor Criativo, no âmbito da exposição/concurso das Sardas das Caldas 2016, onde cerca de 300 pessoas escolheram a ilustração vencedora. Um simples concurso que gerou desde o início do ano uma grande polémica à volta do cartaz, termina agora, numa exposição bastante movimentada por pessoas de várias gerações. Além disso, na noite de inauguração foram atribuídos mais três prémios, a Lara Luís com 21 votos, “Nossa Senhora das Aflitas”, a Brígida Santana com 14 votos, “Di(ck)Brain” e ao Piúa com 14 votos, “Matrimónio”, terminando a noite com um bolo alusivo ao concurso.
Queres é leitinho” do artista e ex-aluno da ESAD.CR de Cató IluDe

Cató IluDe, o artista de 22 anos, licenciado em Design Gráfico e Multimédia (ESAD.CR), foi o autor da sarda vencedora do concurso. Atualmente frequenta o mestrado de Ilustração e Animação, no Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA) de Barcelos.

“Este prémio significa muito para mim. Em primeiro lugar porque é um prémio de ilustração e em segundo, não estava à espera que as Caldas votassem na minha sarda”, admitiu Cató IluDe ao JORNAL DAS CALDAS.

“Não sinto que haja muitas pessoas a gostarem do que mostro no meu site, mas os 31 votos e a “conquista” desta “quest”, deram-me bastante confiança para continuar com estas aventuras que estou a fazer fora do mundo académico”, sublinhou Cató IluDe.

O autor da sarda vencedora “Queres é leitinho” explicou ao JORNAL DAS CALDAS que esta é “uma expressão social usada tal como a expressão “O que tu queres sei eu”, mas “no contexto fálico”. Gastou “uma manhã para esboços, uma tarde de inking e umas quatro horas de noite nas cores”.

“Às vezes sair das regras e mostrar o que realmente achamos é a melhor solução”, disse, reforçando a ideia de que “como eu ganhei com a sarda sexual, outros poderão ganhar concursos se arriscarem mais nas narrativas/ histórias que as ilustrações têm”.

“O que acho mais interessante neste concurso é a liberdade de expressão que cada pessoa tem”, disse o ilustrador, reforçando a ideia de que “vivemos num país livre e temos o direito a expor as nossas ideias e ainda sermos inspirados por todas as que nos rodeiam”. Destacou também que esta iniciativa “faz com que os artistas se juntem e conheçam o trabalho de todos”.

Concurso e exposição

Esta iniciativa já tinha decorrido em 2013, tendo sido organizada pela Implosão, um coletivo de ilustradores ligado à escola de artes, tendo participado 25 artistas.

Nesta edição, organizada por três alunos do segundo ano do curso de Design Gráfico da ESAD.CR, João Varela, Ana Martins e Catarina Galego, contou com 57 ilustrações, sendo que alguns dos participantes (Lisboa, Caldas, Braga e Porto) apresentaram duas propostas. Além disso, houve uma ilustração feita por um menor de 11 anos.

Segundo a organização, todo “o mediatismo causado pela indignação de um cidadão que achou o cartaz ofensivo e ainda a página do facebook bloqueada, levou a que o concurso chegasse a mais pessoas”, e como tal, confessam que “não estávamos à espera que aparecesse tantas pessoas na exposição”. Mas o sucedido “contribuiu para o crescimento do concurso no número de visualizações, de “likes” e comentários de apoio, sem falar da publicidade que não podíamos comprar”.

As sardas apresentadas por vários artistas têm “uma enorme qualidade”. Além da exposição, a organização decidiu vender uma caderneta de cromos, neste caso de sardas, entre outras iniciativas, para angariar fundos para pagar as despesas, que foram cerca de 200 euros.

“Achámos que seria engraçado termos um flyer ou uma brochura, para as pessoas ficarem com o registo da exposição”, explicou a organização do concurso.

A iniciativa também foi muito elogiada pelo público. Segundo Joaquim Saloio, “o concurso foi uma ótima ideia”. Já Patrícia Tavares acha que a exposição está “bastante criativa, dando um toque original a uma coisa típica das Caldas”. Para Mafalda Fialho, este tipo de iniciativas “surpreendem pela positiva”.

Mariana Martinho

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