José Boldt, o autor, procurou dar a sua visão da luta entre o homem que quer imobilizar o cavalo selvagem e o animal, que não está ali para lhe facilitar a vida. “É importante frisar que não existe qualquer violência para com o cavalo para além de um natural nervosismo momentâneo e ansiedade, e o que ali se faz é no sentido da preservação da espécie. Importa explicar o contexto em que estas imagens foram captadas, para que não subsistam dúvidas, dado tratar-se de animais que estão habituados a andar em liberdade e que por breves momentos estão presos”, sublinha.
A mostra, intitulada “Centauros”, dá conta do momento em que “homens e mulheres da aldeia de Sabucedo, em Pontevedra, descem da montanha à aldeia com algumas centenas de cavalos selvagem de pura raça galega, para lhes cortarem as crinas e as caudas, e igualmente para desparasitá-los. No final da “rapa” os cavalos são devolvidos à liberdade nos montes onde vivem todo o ano. Desta forma, “os cavalos correm muitos menos riscos de ficarem enredados ou presos em ramos de árvores ou em arbustos”.
É uma festa que se realiza no primeiro fim de semana do mês de julho, declarada de interesse internacional pela UNESCO, onde só os homens e mulheres de Sabucedo podem apanhar e segurar os cavalos, e fazendo uso apenas das mãos para os prenderem.
O autor dedica-se à fotografia desde 1983. Dois anos depois fez a sua primeira exposição individual. Tem ganho vários prémios e participado em diversas exposições.
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