Após vários anos ligado ao Caldas, primeiro como seccionista, depois como vice-presidente e agora como presidente, Carlos Marques anunciou que não se vai recandidatar por motivos profissionais.
Em entrevista à newsletter do clube, faz um balanço “bastante positivo” deste mandato, quer a nível financeiro, onde apontou que foram liquidadas “todas as dívidas que existiam e até existe dinheiro em caixa”, bem como a nível desportivo, “onde a equipa sénior disputou na primeira época uma brilhante fase de subida à II Liga e na segunda época lutou até à última jornada para garantir o acesso a essa mesma fase de subida”, o que acabou por não acontecer.
Quanto ao futebol juvenil, fez notar que “continuamos com duas equipas nos campeonatos nacionais e temos cada vez mais jovens a quererem praticar futebol no nosso clube”.
A reaproximação do clube com a cidade e mais adeptos no campo da mata permitiram, segundo o presidente, “trazer de volta a credibilidade do clube”.
A principal dificuldade que encontrou foi a falta de recursos financeiros, considerando ser cada vez mais difícil encontrar patrocinadores para os diferentes escalões, mas “conseguimos ultrapassar este difícil obstáculo”.
Aproveitou para lamentar a onda de assaltos que lesaram o clube em chuteiras, sapatilhas, luvas de guarda-redes, desfibrilhador, aparelho de recuperação de fisioterapia, máquina de laser e ultrassons, dinheiro de sede e até uma moto 4 que fazia o serviço de manutenção do relvado.
Na entrevista à newsletter do clube, reconheceu que alguns projetos não foram cumpridos, como a mudança do relvado sintético na Quinta da Boneca, que “não pôde ser feita na época transata devido à burocracia entre a Câmara e a empresa que subcontratou, mas que será resolvido assim que terminaram os treinos da corrente época”.
A mudança para a nova sede também ainda não se verificou, devido a “problemas construtivos existentes e que demoram a ser resolvidos”.
A constituição do Caldas TV era um dos objetivos, não concretizado por questões profissionais dos elementos que estavam à frente do projeto, e o futsal e futebol feminino foram modalidades suspensas na segunda época por falta de atletas.
Mas no futebol juvenil, dada a quantidade de atletas, “apenas a Quinta da Boneca e o campo do Gaeirense não chegam”, sendo necessário outro campo de futebol. Quanto ao futebol sénior, “o rumo é criar alicerces para poder ambicionar algo mais” e “continuar o recrutamento de atletas com a prata da casa é fundamental”.
O futuro é risonho, segundo Carlos Marques, sobretudo “graças a uma reestruturação que implementámos a nível interno”, que deixou o clube “financeiramente estável e de boa saúde”. As contas foram equilibradas com a realização de vários eventos, que também deram prestígio à coletividade.
No âmbito dos cem anos da instituição continuam a decorrer iniciativas. No dia 30 de abril, no Museu Malhoa, será apresentado o livro do centenário. No dia 14 de maio realiza-se a missa do centenário na Igreja do Pópulo e no dia seguinte haverá jantar de aniversário no restaurante A Lareira. A gala do centenário, em setembro, e a gala do desporto distrital, ambas no CCC, são outros eventos.
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