O presidente da assembleia, Luís Ribeiro, felicitou a Câmara pelo “excelente trabalho que fez na recuperação deste auditório”.
Os deputados também ficaram agradados, apesar da oposição apontar alguns defeitos. Manuel Nunes, do PS, indicou a falta de luz e a falta de cabides, para além da disposição de algumas mesas. Edgar Ximenes, do MVC, afirmou que se cometeram “alguns erros de planificação, perdendo-se a oportunidade de fazer as coisas bem”.
Já os social democratas contrapuseram. “Há um complexo socialista, em que por mais ilustres que sejam as coisas, há sempre uma falha”, comentou António Cipriano.
O presidente da Câmara, Tinta Ferreira, disse ter ficado “bastante satisfeito” com a intervenção efetuada, admitindo alguns erros de pormenor, nomeadamente a falta de luz e a altura de certas bancadas.
“As bancadas vão ser rebaixadas”, anunciou. “O número de lugares é mais reduzido e a sala deixa de ter a polivalência que tinha, mas fica com mais conforto e condições de trabalho. Estamos ainda a concluir no edifício um gabinete para as comissões da assembleia e presidente e para os vereadores da oposição”, revelou.
O Espaço Turismo e os pormenores
O Espaço Turismo, recentemente inaugurado no topo da Praça da Fruta, mereceu reparos de Manuel Nunes, do PS, que focou a falta de estacionamento que dificulta a acessibilidade e criticou a instalação da loja de produtos regionais no primeiro andar, quando no seu entender devia estar no piso térreo. Questionou também a comparticipação de 165 mil euros numa obra que custou 500 mil euros. “Não era 85% a comparticipação?”, interrogou.
Para Paulo Espírito Santo, do PSD, o Espaço Turismo “não podia estar em melhor sítio”, referindo-se aos turistas que visitam a Praça da Fruta. “Mais do que qualquer pormenor, mais importante é definir políticas de captação de turistas”, sustentou.
João Diniz, do CDS, defendeu que “a excelência está no pormenor”, afirmando que “o Espaço Turismo está engraçadinho mas não chega”.
Edgar Ximenes, do MVC, confessou que não reparou em defeitos, considerando que “está agradável e não podia estar em melhor sítio, agora o que é preciso é dinâmica interna”.
O presidente da Câmara explicou que na inauguração cometeu “o lapso de dizer que a comparticipação era 165 mil euros quando era 269 mil, correspondente a 85% dos 317 mil que foram as despesas elegíveis, e a 54% do total da obra”.
PCP apresenta queixas sobre cemitério
Vítor Fernandes, do PCP, deu conhecimento da existência de queixas no cemitério de Santo Onofre relacionadas com “campas que se abatem e que ninguém as põe no sítio normal, falta de espaços verdes, caixotes do lixo cheios e outros danificados, restos de lápides, jarras partidas, situações que não dignificam a Câmara”. Interrogou para quando a entrega do cemitério à junta de freguesia para geri-lo.
O presidente da Câmara esclareceu que os cemitérios “vão continuar com gestão municipal” e informou que foi contratada uma equipa de vigilância para os cemitérios de Santo Onofre e Nossa Senhora do Pópulo .
Audiência do ministro sem PCP e MVC
A audiência de uma comitiva caldense com o ministro da saúde não contou com representantes do PCP e MVC. Vítor Fernandes lamentou que só soubesse do encontro através da comunicação social. “Faço parte da comissão especial do hospital e sendo deputado desta assembleia, o mínimo que seria de exigir era que fossemos informados de que ia haver esse encontro”, declarou.
Luís Ribeiro disse que foi convidado pelo presidente da Câmara para participar na reunião com os vereadores do PS e CDS, não tendo sido ele a representar a Assembleia Municipal. “Não foi marcada com muita antecedência e ia dar conta do resultado nesta reunião”, relatou.
Dragagens com final duvidoso
“Nos últimos quinze dias houve um revés nas dragagens na Lagoa. Passou-se algo de estranho. O projeto estava a ser cumprido na íntegra, mas começaram a dragar com as marés”, revelou o presidente da junta de freguesia da Foz do Arelho, Fernando Sousa.
O resultado poderá ser desastroso, o que irá ser comunicado à comissão de acompanhamento dos trabalhos na lagoa, que segundo o presidente da Câmara, já devia ter reunido. Tinta Ferreira frisou, no entanto, que o presidente da Agência Portuguesa de Ambiente, responsável pela obra, disse que “tudo tinha de ficar como projetado”.
Em relação à conservação do Penedo Furado, também na Foz do Arelho, situação questionada por Edgar Ximenes, o presidente da Câmara informou que o Laboratório Nacional de Engenharia Civil está a avaliar a situação.
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