“O protocolo continua a reiterar como prioritários os mesmos objetivos de há anos para cá sem que se verifique uma realidade que os concretize. Encontra-se nesta situação a criação de um centro de pedagogia e animação, serviço educativo, que nunca foi efetivamente dinamizado, havendo mesmo uma relação muito pontual e débil entre escolas (básicas, secundárias e superior) e o CCC”, consideraram Rui Correia e Jorge Sobral.
“O problema não reside no orçamento mas sim na importância conferida a um serviço educativo”, argumentaram, acrescentando que “outras entidades nas Caldas da Rainha têm feito um excelente trabalho neste âmbito com orçamentos exíguos mas com um empenhamento muito meritório e que vai dando resultados”.
“Não podemos continuar a queixar-nos de falta de público (cinema, teatro, exposições) e de poucas receitas, quando não fazemos o indispensável para uma criação consistente de públicos. Desde 2008 que está prometida a criação deste departamento. É impensável achar-se que ele não constitui uma prioridade, oito anos depois da sua inauguração”, frisaram os autarcas.
Para os vereadores, “a direção do CCC foi definindo um período de consolidação artística que previa que em alguns anos o CCC cumprisse integralmente um processo de afirmação artística nacional e sustentabilidade financeira, o que não vem sendo satisfatoriamente atingido”.
“Verifica-se que existe uma dificuldade reiterada em estabelecer ligações operativas com outros interventores culturais do concelho, facto que tem gerado controvérsias desnecessárias e que cumpre evitar. Destes interventores sobressai a Escola Superior de Arte e Design, que integra já cursos de segundo ciclo em gestão cultural pelo que pareceria apropriado estabelecer e aprofundar estes laços, nomeadamente ao nível da sua direção artística”, sustentaram.
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