“A cerca de dois anos das eleições autárquicas anuncio agora a minha decisão de afastar-me da vida política local. Cumprirei o mandato até ao fim e depois sairei”, declarou o autarca, que explica os motivos deste anúncio: “Faço-o por duas razões primordiais. Primeiro, porque recuso alimentar rumores ou expectativas sobre este assunto. Faço-o e anuncio-o neste momento porque conheço muito bem o que significa preparar um processo eleitoral. Em segundo lugar, faço-o por imperativo democrático. Deploro aqueles políticos que se mantêm muito tempo ocupando cargos públicos e não conseguem viver sem essa espécie de pole position a que julgam ter direito natural. Acredito sinceramente, e tenho-o dito sempre, que isso faz-lhes mal. E se há terra onde isso é público e por vezes mesmo patético é as Caldas da Rainha. Precisamos sempre de outras cabeças e de outras sentenças”, afirmou Rui Correia.
O autarca aproveitou para recordar o seu percurso desde 2009, quando assumiu o cargo de vereador. “Foi inspirador conhecer tantos caldenses, concidadãos, autarcas, pessoas de todas as condições sociais e de todas as inspirações políticas, que todos os dias travam as suas lutas para tornar esta terra um lugar melhor para se viver. Foi em sua homenagem que aceitei, em 2013, o desafio maior de ser candidato a presidente da câmara”, referiu.
O vereador disse ter criado “amizades com os meus adversários políticos, que aprendi a estimar, apesar das notáveis divergências que nos distinguem”.
Sobre o PS, manifestou que “tem revelado ao longo dos anos ser um espaço de debate político franco, onde as muitas divergências internas são por vezes excessivas e nada pragmáticas, mas onde a troca de ideias é respeitada e mesmo estimulada. O PS sempre respeitou a absoluta independência da minha candidatura e nunca questionou as minhas posições individuais”.
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