“O Cadaval sob o olhar do pintor Carlos Oliveira” foi a mostra oficialmente inaugurada nas comemorações do feriado municipal. A exposição de 20 quadros em aguarela e pastel seco, dedicada à vila cadavalense de outros tempos, está patente, na Biblioteca Municipal, até dia 22 de janeiro.
O autor, ex-militar da GNR, retrata as décadas de 60 e 70 – fases de infância e adolescência – que representam a época em que Carlos Oliveira esteve ligado ao Cadaval.
“Júlio de Melo Fogaça na organização comunista”, da autoria de Filomena Lopes, foi o livro apresentado na biblioteca, a preencher a tarde comemorativa.
Júlio Fogaça tratou-se de um cadavalense, nascido em Alguber no ano de 1907 (falecido em 1980), que esteve na base da organização do Partido Comunista Português e que, de ‘74 a ‘76, viria a ser, também, presidente da Câmara Municipal do Cadaval.
Filomena Lopes explicou o motivo do seu estudo sobre Júlio Fogaça. A autora referiu as exaustivas pesquisas que levou a cabo, em especial «revirando» os processos da PIDE (Polícia Internacional e de Defesa do Estado) existentes na Torre do Tombo, no âmbito da sua tese de doutoramento sobre o Partido Comunista na clandestinidade. “Na defesa da minha tese, uma das críticas consistiu no facto de não ter falado sobre Júlio de Melo Fogaça”, recordou a professora. “Não foi por lapso, mas porque não tinha encontrado os documentos fundamentais para escrever sobre ele”, adiantou.
Decidiu, então, investigar sobre aquele que diz ter sido o segundo homem que mais tempo esteve como preso político nas cadeias portuguesas, depois de Álvaro Cunhal.
O hastear da bandeira, junto aos Paços do Concelho, eucaristia pelos beneméritos do concelho, torneio de futsal e entrega de troféus relativos a um torneio de sueca interfreguesias foram outros momentos do feriado.
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