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Moedas Portuguesas Comemorativas do Euro

Luís Manuel Tudella

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76ª. Moeda (2013) 2 Euro 250º. Aniversário da Torre dos Clérigos As características desta moeda são as seguintes: FC: Na moeda é utilizado o desenho europeu constante da Comunicação da Comissão Europeia nº. 2006/C225/05. FN: É representada a Torre dos Clérigos, no centro da moeda, em perspetiva de baixo para cima, de modo a conferir-lhe verticalidade e monumentalidade, num segundo plano, distingue-se a cidade do Porto vista do rio, circundada pelas legendas ,“250 Anos da Torre dos Clérigos – 2013” e o escudo nacional com a legenda “Portugal”; envolvendo todo o desenho encontram-se as 12 estrelas, dispostas em forma circular, que representam a União Europeia. Autor: Luc Luycx / Hugo Maciel

Moeda corrente de prata:

Valor facial 2 Euro; 25,75 mm de diâmetro; 8,5 g de peso; bordo serrilhado (1 050.000 exemplares).

Moedas (BNC):

Valor facial 2 Euro; 25,75 mm de diâmetro; 8,5 g de peso; bordo serrilhado. (15.000 exemplares).

Moedas (Proof):

Valor facial 2 Euro; 25,75 mm de diâmetro; 8,5 g de peso; bordo serrilhado. (10.000 exemplares).

A Torre dos Clérigos é uma torre sineira que faz parte da Igreja dos Clérigos e está situada na cidade do Porto, Portugal. É um monumento considerado o ex libris da cidade do Porto, foi construída entre 1754 e 1763 com projeto do italiano Nicolau Nasoni sob encomenda de Dom Jerónimo de Távora Noronha Leme e Cernache a pedido da Irmandade dos Clérigos Pobres. O seu arquiteto, Nicolau Nasoni, contribuiu durante muitos anos para a construção da grande torre dos clérigos sem receber nada em troca e, só alguns anos depois, isso aconteceu.

A torre foi a última construção do conjunto dos Clérigos, dos quais fazem parte a igreja e uma enfermaria. Foi iniciada em 1754, tendo em conta o aproveito do terreno que sobrara para a instalação da enfermaria dos Clérigos. O projeto inicial de Nasoni previa a construção de duas torres, e não apenas de uma. A torre é decorada segundo o estilo barroco, com esculturas de santos, fogaréus, cornijas bem acentuadas e balaustradas. Tem seis andares e 75 metros de altura, que se sobem por uma escada em espiral com 240 degraus. Era, na altura da sua construção, o edifício mais alto de Portugal. No primeiro andar apresenta uma porta encimada pela imagem de São Paulo, tendo por baixo, inserido num medalhão, um texto de São Paulo, na Carta aos Romanos. A espessura das paredes do primeiro andar, em granito, chega a atingir os dois metros. Destacam-se as janelas abalaustradas do último andar, mais comprimido e decorado, e os quatro mostradores de relógio. Os materiais utilizados na construção da Torre dos Clérigos foram, principalmente, o granito e o mármore.

Está classificada pelo IPPAR como Monumento Nacional desde 1910. Nicolau Nasoni nasceu no dia 2 de junho de 1691, em S. João de Valdarno, a 50 quilómetros de Florença, em Itália. Sabe-se muito pouco da sua adolescência. Ignora-se, inclusive, que tipo de estudos terá seguido. Mas sabe-se que, aos 22 anos mostrou interesse pelas artes que passou a estudar em Siena e depois em Roma. Aos 32 anos, estava na Ilha de Malta a trabalhar como pintor – decorador para o grão-mestre da Ordem de Malta, o português D. António Manuel de Vilhena. Em novembro de 1725 já estava a trabalhar no Porto, nas obras da Sé, também como pintor-decorador.

São da sua autoria as pinturas ainda existentes nas paredes da capela-mor. Era então deão do Cabido da Sé do Porto, D. Jerónimo de Távora e Noronha Leme e Cernache que tinha um irmão em Malta, D. Roque de Távora. Soube por este do valor do artista e resolveu convidá-lo a vir trabalhar para o Porto. O convite foi aceite e Nicolau Nasoni chegou a esta cidade ainda em novembro de 1725. Aqui casou, por duas vezes, e aqui se radicou definitivamente. Artista de reconhecidos méritos, exerceu no Porto e no norte de Portugal uma intensa e importante atividade. Quase se pode dizer que não há no Porto obra arquitetónica de alguma importância que não tenha a marca de Nasoni: Clérigos, igrejas da Santa Casa da Misericórdia do Porto, do Terço e de Nossa Senhora da Esperança; palacete de S. João Novo e casas da Prelada, do Chantre, de Ramalde, do Viso; o Palácio do Freixo, para citar apenas as mais conhecidas.

Nos Clérigos, a sua obra mais emblemática e mais representativa do seu fulgor artístico, trabalhou de graça e empenhadamente. Tornou-se irmão leigo da Irmandade e quando morreu, pobre, com 82 anos, a 30 de agosto de 1773, dez anos depois de ter concluído a Torre dos Clérigos, quis ser sepultado no interior do templo que havia construído – a igreja dos Clérigos. Sabe-se que aquela sua vontade foi cumprida porque assim consta do livro de óbitos da Irmandade: “… Nicolau Nasoni foi sepultado nesta igreja (dos Clérigos) sendo asestido pela Irmandade como pobre e se lhe fizerão os três oficios como também o da sepultura…”. Não se sabe, no entanto, em que local terão sido enterrados os seus restos mortais. Provavelmente para cá dos púlpitos, onde se dava sepultura aos irmãos leigos.

Fontes: http://www.torredosclerigos.pt/pt/; https://pt.wikipedia.org/wiki/Nicolau_Nasoni

I.N.C.M.; e coleção particular do autor.

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