A pergunta que todos os caldenses fazem, eu inclusive, como foi possível deixar chegar este riquíssimo património a este estado de degradação? Admitindo, que todo este património esteve nas mãos do Estado todos estes últimos anos, mas a Câmara Municipal das Caldas da Rainha é isenta de culpa? Não tem nenhuma responsabilidade para com esta matéria? Será que foram feitos todos os esforços possíveis para não deixar chegar o Hospital Termal mais antigo do mundo a este estado de degradação?
Respostas que começam a aparecer a conta-gotas, agora que o património “voltou a ser das Caldas da Rainha”, mas não, o Hospital Termal, o Balneário Novo, a Igreja de Nª. Senhora do Pópulo, o Museu do Hospital, a Mata Rainha D. Leonor e o Parque D. Carlos I, foram, são e serão sempre das Caldas da Rainha!
Em relação ao modelo de gestão, foram debatidos vários pontos de vista, todos eles com argumentos axiomáticos e soluções válidas, mas ainda sem uma resolução ou decisão pragmática, que carece de urgência e peca por tardia.
Modernização, esta deve ser a palavra-chave em todo este longo processo da reabilitação do Hospital Termal das Caldas da Rainha, na qual ao que parece estamos todos de acordo. Agora existem vários caminhos de chegar a esta urgente modernização, e um deles é inevitável, é necessário gastar milhões de euros para reabilitar todo este vasto Património, porque meio milhão aqui, meio milhão ali, só para “segurar as pontas” não é a solução, e é neste ponto que devemos refletir.
-Em primeiro lugar, terá a Câmara Municipal das Caldas da Rainha capacidade de financiar toda esta reabilitação do Património?
-Em segundo lugar, será viável entregar a uma IPSS (Instituição Particular de Solidariedade Social), esta sem fins lucrativos, a administração do Hospital Termal das Caldas da Rainha?
-Em terceiro lugar, quanto pode custar a cada um de nós todo a este processo de reabilitação?
É necessário um projeto, este público ou privado, um orçamento, analisar todos os prós e contras, salvaguardando sempre a cidade das Caldas da Rainha e todos os Caldenses.
Sejamos pragmáticos, sejamos ousados, não podemos deixar escapar estar oportunidade de voltar a pôr as Caldas no mapa do Turismo e Cultura, da Saúde, o que há demasiado tempo que deixámos de aparecer.
D. Leonor merece mais, Bordalo Pinheiro merece mais, os Caldenses merecem mais, e acima de tudo, as Caldas da Rainha merece mais ainda.
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