A salvação da jovem foi a troca de mensagens com uma amiga por sms a pedir socorro, dizendo que estava a ser ameaçada com uma faca.

A amiga dirigiu-se ao local, próximo do centro da vila. Buzinou e gritou pela sequestrada, mas só depois de ter ido à GNR pedir ajuda é que a amiga foi solta.

Um militar da GNR saltou o muro que dá para o quintal da habitação, mas a porta não lhe foi aberta. Foi chamado o arrendatário da residência, que justificou ter emprestado a chave ao sequestrador, de quem era amigo, porque este lhe pedira para ali tomar banho, uma vez que teria sido cortado o abastecimento na casa onde vivia.

Quando se conseguiu falar com o sequestrador, este negou inicialmente ter alguém preso na casa. A rapariga foi depois descoberta fechada no armário mas não apresentava sinais de agressão. Foram apreendidas três facas de cozinha e o sequestrador foi detido.

A vizinhança estava incrédula com o que se tinha passado. Circulou uma versão de que haveria uma relação de natureza laboral entre a rapariga e o detido, mas fonte policial está inclinada para a existência de uma ligação amorosa entre ambos que acabou desta forma quando a jovem, residente no Cadaval, tentava pôr cobro ao relacionamento.

O detido foi presente ao tribunal de Caldas da Rainha e depois ao tribunal de Leiria e saiu em liberdade com apresentações periódicas no posto da GNR.

Francisco Gomes