O aroma do espumante daregiãovinícola portuguesa situada na Beira Litoral e a carne suculenta e tenra da região minhota, unidos numa refeição, agradaram os clientes presentes no almoço que decorreu no passado dia 3 no restaurante da EHTO.
Os finalistas do curso Técnicas de Cozinha/Pastelaria, responsáveis pelo menu, inspiraram-se nestes sabores nacionais e apresentaram na entrada uma empada de barrosã. Peixe galo escalfado em espumante da Bairrada, foi o prato de peixe servido. O prato de carne foi risoto de espumante com barrosã grelhada. Mousse de Maracujá, caviar de espumante e biscuit sablé foi a sobremesa apresentada.
A escolha das bebidas e a gestão do serviço de sala foram tarefas de quatro alunos do curso Técnicas de Serviço de Restauração e Bebidas. No bar do restaurante, prepararam o aperitivo Kir Royal (creme de cassis e espumante). Para acompanhar a entrada serviram o São Domingos Rose. QMF Bairrada (branco) foi a bebida servida com o prato de peixe e Vinha do Putto tinto acompanhou o prato de carne.
Este projeto está relacionado com o universo da alimentação saudável e sustentável, e procura desenvolver junto dos alunos o gosto e interesse pela descoberta da origem primordial dos produtos alimentares, suas características e a sua história.
Para falar do espumante da Bairrada esteve presente, Pedro Soares, presidente da direção da Comissão Vitivinícola da Bairrada (CVB), revelando que a região assume atualmente, em termos vitivinícolas, um lugar de destaque no mapa económico e cultural de Portugal. Segundo este responsável, “cada vez mais, a Bairrada se destaca como principal região produtora de espumantes em Portugal e nesse contexto o espumante ganha maior peso na economia regional”.
Com 50 produtores, a produção de espumante certificado da Bairrada atinge 7 milhões de garrafas por ano e esse número cresce se “tivermos em conta não apenas o certificado mas todo o espumante, proveniente de produtores individuais, adegas cooperativas e caves”, disse o presidente da CVB, acrescentando que “a região da Bairrada representa cerca de 60% da produção de espumante do país”.
Embora o consumo esteja a crescer, este responsável revela que os portugueses ainda não têm o hábito de consumir muito espumante. “À medida que as pessoas vão conhecendo a bebida vão também percebendo que o espumante não é só para ocasiões festivas mas que pode acompanhar uma refeição. O espumante tem uma capacidade quase universal de casar não só com o leitão mas com todo o tipo de pratos gastronómicos”, adiantou Pedro Soares.
Caldas da Rainha tem uma ligação com a região da Bairrada uma vez que o museu mais importante em termos vinícolas do país, Aliança UndergroundMuseum, que se situa em Sangalhos, tem uma sala dedicada apenas às peças de Rafael Bordalo Pinheiro.
Nesta sessão houve uma partilha com a Escolade Hotelaria eTurismodeCoimbra, com a presença do professor Filipe Carvalho e do chefe Gonçalo Melo, que foi formador durante três anos na EHTO.
Gonçalo Melo esteve na cozinha a acompanhar os alunos na confeção dos pratos. “Ajudei em algumas tarefas e a observei o trabalho deles no serviço para o restaurante e gostei do que vi”, disse o chefe, que provou a combinação do prato de carne que “estava interessante apesar da simplicidade, mas por vezes as coisas mais simples são as melhores”.
Destacou o gado bovino da raça barrosã que se alimenta essencialmente de pastagens naturais e forragens. “É uma carne de belíssima qualidade e única de produção lenta”, explicou Gonçalo Melo.
Na quinta-feira os protagonistas do projeto raízes da EHTO serão o vinho da Madeira, frutos secos e laranja do Algarve.
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