Afirmou que “um presidente deverá ser como um candidato, exercendo a sua função em todo o território nacional, não apenas fechado no Palácio em Belém”. Decidiu candidatar-se porque acredita que pode fazer alguma coisa para provocar a mudança, garantindo ser a pessoa certa para promover os entendimentos e compromissos que se esperam de um presidente.
O ex-reitor da Universidade de Lisboa, de 60 anos, entrou na corrida à Presidência da República há cinco meses e diz que o cenário político ditado pelas pós-eleições levou à mudança da atitude das pessoas para as presidenciais, que até agora tinham despertado pouca atenção. “Nos últimos dias tem-se notado uma grande diferença na consciência de alguns eleitores, que já perceberam que o Presidente da República não é uma figura decorativa”, frisou.
O candidato também alegou aos jornalistas que um presidente deve ser capaz de abrir portas para o futuro do país, através da consolidação de iniciativas, projetos e dinâmicas políticas. Portanto deve ser “alguém que ajude a promover um tempo de viragem”. Também garantiu que no cargo de presidente, compromete-se a defender a Constituição, e ainda lutar pela democracia, pela igualdade de oportunidades, pelo estado social e por uma visão de futuro.
“O futuro do país passa pela área do conhecimento, inovação, ciência, tecnologia e oportunidades para todos” sublinhou Sampaio da Nóvoa, acrescentando que o futuro também passa pela educação. “Não podemos desperdiçar os nossos jovens. Portugal precisa deles para construir um país de oportunidades e não uma espécie de regresso ao mesmo país de sempre, medíocre”, sustentou.
Questionado sobre a cedência do património termal à Câmara, o candidato recusou-se a falar, sublinhando que “não devo pronunciar-me sobre temas tão concretos, como é o caso do termalismo. Senão dizem que eu quero ser ministro e não Presidente da República”.
Depois das Caldas, o dirigente e apoiantes foram em ação de campanha até Leiria, passando antes por Alcobaça, onde esteve em campanha no Largo do Mosteiro.
É apoiado pelos três antigos chefes de Estado, Ramalho Eanes, Mário Soares e Jorge Sampaio, e ainda conta com o apoio de muitos dirigentes socialistas.
Mariana Martinho
0 Comentários