A partir do momento em que há um diagnóstico é muito mais fácil poder ajudá-los. Palavras de Diana Tereso Coelho, autora do livro “Dificuldades de Aprendizagem Específicas: Dislexia, Disgrafia, Disortografia e Discalculia” (Areal Editores), que foi a convidada da primeira “Escola de Pais” deste ano letivo do Colégio Rainha D. Leonor, que decorreu no passado dia 19.

Dentro das necessidades educativas especiais, as dificuldades de aprendizagem são a problemática com maior taxa de prevalência. Para Diana Coelho torna-se imprescindível que quem convive, ensina ou trabalhe diariamente com crianças com os quatro “Dis” esteja preparado para compreender as suas características e responder às suas necessidades específicas, designadamente promovendo a criação de contextos educativos e que estimulem o desenvolvimento pessoal e social, a aprendizagem e o sucesso escolar e profissional.

Segundo esta responsável pós-graduada em educação especial, a “pessoa nasce com uma problemática destas e é assim para o resto da vida e não desaparece”. No entanto, “há estratégias e formas de ajudar a lidar com a situação”, adiantou Diana Coelho, que explicou as características mais comuns e definição de cada uma das quatro “Dis” e o que podemos fazer em termos de intervenção. Ensinou ainda alguns jogos que podem ser feitos na escola ou em casa.

O ideal para a autora é que os alunos disléxicos pudessem fazer “avaliação oral ou eventualmente ter testes adaptados, como a redução das questões para que eles possam ter sucesso porque são inteligentes”.

Diana Coelho tem dedicado a sua vida ao apoio, intervenção e aplicação de projetos e atividades muito direcionados para crianças com necessidades educativas especiais. “Dificuldades de Aprendizagem Específicas” é o nome do seu livro que, pela primeira vez em Portugal, reúne e descreve de forma sucinta e acessível problemas tão presentes nas salas de aula, como a dislexia, a disgrafia, a disortografia e a discalculia. Com mais de 100 atividades práticas, o livro pretende dotar de informação auxiliar professores, educadores, encarregados de educação, familiares, psicólogos, terapeutas e todos os que necessitam de uma linha orientadora para a facilitação da aquisição dos conteúdos curriculares por parte das crianças com dificuldade de aprendizagem.

Marlene Sousa