Barros Veloso, embora licenciado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Coimbra, encontra-se ligado à história da música do jazz, em Portugal, há mais de 50 anos, mas nunca se profissionalizou como pianista de jazz devido à carreira médica.
Não deixa, no entanto, de ser considerado um dos nomes históricos do jazz português e uma das figuras ligadas ao Hot Clube de Portugal. “A minha mãe era uma excelente pianista e nunca me ensinou uma música. Não tinha paciência, como tal eu aprendi a tocar piano sozinho”, adiantou, acrescentando que já atuou e fez vários duetos com diversos artistas nacionais e estrangeiros. Na carreira artística já conta com um CD gravado e produzido de forma profissional, com vários duetos, entre eles Bernardo Sassetti, Filipe Melo, João Moreira, Maria Viana, Maria Anadon, Marta Hugon e Art Themen.
Falou sobre “a música que através de seus elementos constituintes como o ritmo, a melodia e a harmonia, pode ser um processo destinado a facilitar a comunicação, o relacionamento, o aprendizado, a expressão e outros objetivos terapêuticos com o fim de atender às necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas do paciente”.
“O ritmo pode realmente ter uma contribuição para as doenças como a dislexia e outros aspetos motores dos pacientes, que devem ser explorados e estudados”, sublinhou o pianista.
Pedro Coito, presidente do Distrito Médico do Oeste, pediu à plateia que fizesse um minuto de silêncio em nome das vítimas dos atentados em Paris, sublinhando que “os médicos lutam sempre pela vida humana”.
Mariana Martinho
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