Os técnicos do Centro de Reabilitação de Animais Marinhos de Quiaios recolheram amostras para análises e estimaram o peso do mamífero em quinze toneladas. Devido à dificuldade de acesso ao local, uma vez que a praia é circunscrita por rochas, inclusive no espelho de água, impossibilitando a chegada de qualquer veículo de emergência, a baleia teve de ser cortada em partes.
A capitania do porto da Nazaré e os serviços municipais de Alcobaça estudaram a melhor forma de retirar esta baleia-comum, do género masculino, uma das maiores espécies que deu à costa nos últimos anos em Portugal.
Enquanto isso não acontecia só não se verificou uma romaria ao local para ver o cetáceo porque chegar perto dele obrigava a efetuar um longo percurso a pé. Mas os que se aventuram ficam espantados com a dimensão.
A maré arrastou-a entretanto mais para sul do local onde inicialmente foi encontrada, o que estragou o planeamento da sua remoção, que deveria ser iniciada em breve para evitar que o mamífero fosse puxado para a água – hipótese remota – mas sobretudo porque começavam a ser fortes os cheiros por se encontrar em decomposição.
Apenas na madrugada da passada quarta-feira a baleia terá ficado arrojada num local de mais fácil acesso a viaturas pesadas, tendo sido feitos os preparativos para ser transportada para um aterro.
Francisco Gomes
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