Charlie Christensen decidiu ao longo de três anos caminhar dezoito mil quilómetros para sensibilizar o mundo para esta causa, para a qual estima serem precisos 420 mil dólares.
O mentor do projeto “Walking for water” apercebeu-se das dificuldades que obrigam a que 18 mil habitantes da Tanzânia, para terem água, tenham de percorrer 38 quilómetros. O próprio orfanato ressente-se com a situação, porque a despesa com a água torna-se incomportável.
O dinamarquês quer aproveitar as energias alternativas, como a solar, para ajudar ao povo africano e convencido da sua capacidade para melhorar as condições, Charlie Christensen regressou ao seu país e criou uma página na internet (www.walkingforwater.dk)”, fazendo-se, depois, à estrada, numa “peregrinação filantrópica”.
Pelos sítios por onde passa vai contatando os órgãos de comunicação social para divulgarem o seu objetivo e até tem sido recebido por alguns autarcas. Por exemplo, na região Oeste, teve um encontro na Nazaré com o presidente da Câmara, que elogiou a sua iniciativa, e o mesmo ia acontecer em Peniche. Nas Caldas da Rainha, disse ter escrito a pedir uma audiência, mas não ter recebido resposta. Desconhece se terá usado algum contato errado.
Na semana passada ficou alojado uma noite na casa de três estudantes nas Caldas, em regime de couchsurfing. É assim que tem conseguido viajar, levando às costas uma mochila e andando acompanhado de um carrinho, onde transporta a tenda, as roupas e uma espécie de cozinha improvisada.
A jornada já dura desde 18 de maio deste ano, e ainda vai demorar mais dois anos e meio. Até agora ainda não tem garantidos patrocinadores, mas a mensagem está a ser divulgada.
“Se quisermos um mundo melhor, temos de lutar por ele. Todos podem ajudar, seja através da sua rede de contatos para conseguir patrocinadores. O simbólico é que estou a caminhar para que outros não o tenham de fazer, mas para mim não é nenhum sacrifício. Até aproveito para fazer turismo”, referiu ao JORNAL DAS CALDAS.
Francisco Gomes
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