Da corrente de canto livre que encheu praças e salas nos tempos que se seguiram ao 25 de Abril de 1974, surgiu este projeto, interessado pelas raízes da música popular portuguesa mas, em paralelo, aberto também à experimentação sonora, refletindo o acolhimento de múltiplas influências.
Com textos poéticos de José Carlos Almeida, composições de Francisco Carrilho Tomás/José Carlos Flores, arranjos coletivos e produção de Manuel Faria/João Gil, o álbum editado pela Polygray mereceu as melhores referências da crítica, sendo citado como “revelação do ano” em 1982, no âmbito da música popular portuguesa.
Charanga integrava sete jovens músicos que começaram por se juntar na Casa da Cultura das Caldas da Rainha, com o objetivo de fazer “qualquer coisa nova”.
A apresentação pública de “Aguarela” nas Caldas, que se realizou no então cinema “Estúdio-1”, contou com as presenças de Charanga e de Trovante, tendo honras de reportagem televisiva, apresentada no programa “Viva Música” do canal 1 da RTP. Momentos marcantes viriam a ser, depois, a atuação no último concerto de Zeca Afonso ou a 1ª parte de Joan Baez, no Pavilhão de Cascais.
Fazem parte de Charanga António Freitas, António José Xavier, Carlos Franco da Silva, Francisco Carrilho Tomás, José Carlos Faria, José Carlos Flores e Manuel Alves Jorge.
O regresso foi em apoteose e muito aplaudido. Os comentários ouvidos foram de grande satisfação e incentivo para o grupo agora não parar.
Francisco Gomes
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