Manuel Nunes, do PS, acha que “deve haver um controle mais efetivo à entrada das pessoas”, dando o exemplo de uma mulher refugiada que veio para Portugal com cara tapada com a burka. “Tem de tirar e mostrar a cara”, defendeu, admitindo, no entanto, que “não há medidas rápidas para travar milhares de pessoas que estão a sair dos seus países para fugir da morte”.
João Frade, do PSD, entende que “a curto prazo têm de ser combatidos estes grupos extremistas e a solução tanto está na Europa como no Médio Oriente. Tem de haver reforço de medidas de policiamento, e haver força e liderança mundial”.
Joana Agostinho, do MVC, lembrou que o acordo Schengen “previa um sistema de informação” sobre as pessoas que circulam no espaço europeu, só que não funcionou. “Não houve comunicação entre polícias e o resultado está à vista. Por isso acho que fechar fronteiras não é solução, mas deve ser reforçado o policiamento nas entradas e saídas do país”, sustentou. “Intervir militarmente é, infelizmente, uma possível realidade”, acrescentou.
“Estamos a lidar com psicopatas e criminosos”, classificou Rui Gonçalves, do CDS. “Pessoas que em nome do Alá matam os outros, apenas porque sim. Como se combate? É preciso seguir os fluxos financeiros que apoiam isto. Quem é que lhes vende o armamento? Quem é que lhes paga? Isto não se resolve com diplomacias, diálogo ou negociações. Esta gente não sabe o que é isto. Esta coisa de andarmos pela Europa à vontade, sem sermos interpelados, é muito cómodo e bonito, mas tem de acabar. Os serviços secretos devem ter os meios apropriados para combater esta gente. Deve-se ir à origem do problema e combatê-lo lá com meios militares. Mas deve haver uma força comum, não pode ser a Rússia, Estados Unidos e França cada um para o seu lado”, manifestou.
Alexandre Cunha, do BE, disse que “a maioria das pessoas que participou nos atentados é europeia, por isso fechar fronteiras não vai aumentar segurança”, fazendo notar que “implementámos o espaço Schengen para aumentar a liberdade de movimento das pessoas. O medo não pode ser uma coisa que impere à conta destes ataques, porque é isso que o Estado Islâmico quer”.
José Carlos Faria, da CDU, afirmou que “este estado de sítio ameaça as liberdades cívicas, que independentemente da gravidade do problema, não podem ser postas em causa”.
Francisco Gomes
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