Segundo o autor, esta mostra apresenta um trabalho fotográfico “baseado no decreto que permite a destruição de áreas protegidas da nossa costa para construção de empreendimentos turísticos, levando em alguns casos apenas à construção de campos de golfe e desertificação da área em redor”.
“Em 2012 passeando frequentemente pela zona de Óbidos, onde tenho uma casa, fui notando ao longo do caminho para a Lagoa, o arrancamento de uma área extensa de pinheiros e eucaliptos e a sua substituição por uma área vedada, semidesertificada onde nasceu um campo de golfe e as infraestruturas de um condomínio privado classificado como PIN (Projeto de Interesse Nacional), que nunca aconteceu, mas permitiu a destruição de extensa área de mata desde a orla marítima e até junto da Lagoa. Mais recentemente alargou-se a área de destruição com a intervenção de uma empresa insolvente para construção de novas infraestruturas de mais um condomínio, que nunca acontecerá, mas que destruiu mais uns largos hectares do nosso património florestal.
É essa destruição do nosso património natural e a sua substituição por uma área desertificada que estas fotografias tentam documentar”, descreve João Mota da Costa.
Nascido em 1954, é médico-cirurgião plástico, dedicado à área de cirurgia da mão. Iniciou o percurso fotográfico como autodidata desde 1969. Desde 2011 que frequenta cursos de fotografia, tendo participado em diversas exposições individuais e coletivas. Editou também um livro de fotografia.
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