A secção de futsal desta coletividade tem crescido e alcançado melhorias significativas nos resultados desportivos. Para manter esta atividade a funcionar com a qualidade e o empenho desejados, os membros da direção da associação e pais de alguns jovens têm feito um enorme esforço. Os atletas aprendem a jogar futsal através de métodos de treino pedagogicamente adaptados à sua idade, num ambiente divertido e saudável, com treinadores de competência reconhecida e com larga experiência na área da formação.
A UAOM apresentou à Câmara Municipal de Óbidos um projeto para a criação de uma Escola de Futsal integrado no programa educativo da escola municipal. “O objetivo é fazer um projeto no âmbito da escola municipal onde houvesse uma ligação entre a coletividade, autarquia e escolas”, afirmou Rui Maurício, vice presidente da UAOM.Até o momento alega que a direção da associação ainda não recebeu nenhuma resposta por parte do executivo da Câmara. “Numa reunião na escola onde estive presente por causa da associação de pais, a vereadora responsável pelo pelouro da educação disse que estava dependente de uma questão de transporte”, relatou.
Rui Maurício revelou que foi pedida em junho a colaboração da Câmara de Óbidos para a aquisição de uma nova carrinha e também não obteve nenhuma resposta. “Nós funcionávamos com duas carrinhas, mas uma avariou no ano passado e precisamos de adquirir outra”, explicou Rui Maurício, referindo que a associação de futebol de Leiria já disponibilizou 500 euros para a compra, verba que só será entregue quando for apresentada a despesa da aquisição da viatura.
O vice presidente da UAOM considera que não há um “justo reconhecimento por parte da autarquia pelo trabalho desenvolvido na coletividade”. “Como fisicamente estamos distantes e como a direção da associação não tem a disponibilidade e vocação para andar sempre a bater à porta da Câmara não há uma ligação com o executivo”, adiantou o responsável.
Segundo Rui Maurício, a autarquia disponibiliza um autocarro mas os custos com o combustível e condutor têm que ser suportados pela UAOM, o que “é muito difícil financeiramente”.
Rui Faria, colaborador da UAOM, revelou que houve crianças do Pó e Serra D’el Rei que mudaram-se para o Complexo Escolar do Furadouro para poderem participar nos treinos de futsal. “Nós treinamos e fazemos o desporto escolar a seguir às aulas. Os nossos treinadores continuam depois da escola com as crianças até às 20h00”, indicou Rui Faria, revelando que é obrigado muitas vezes “a sair mais cedo do trabalho para ficar dez minutos com as crianças que vêm de fora porque o pavilhão só abre às 18h30”. “Estas crianças não podem ficar nos tempos livres da escola porque não são do concelho de Óbidos. Para ficar tinham que pagar uma mensalidade que não compensa porque são só dez minutos. A vereadora do pelouro da educação disse aos pais destes jovens que iria resolver a situação e até agora não fez nada”, adiantou Rui Faria.
“Se nós tivéssemos uma equipa de futebol tínhamos um subsídio, mas como é futsal, a Câmara diz que não tem o estatuto adequado a esta modalidade e não recebemos quase nada”, afirmou.
Motivar os jovens para a atividade física como elementos fundamentais para um estilo de vida saudável, transmitindo os valores positivos associados ao desporto, é o que leva os responsáveis de futsal da UAOM a lutar todos os dias para que o futsal tenha futuro e que cresça ainda mais.
A UAOM desenvolve ainda a modalidade desportiva “petanca”. Tem 18 pessoas federadas em petanca e já realizou um torneio internacional no Olho Marinho. Tem também uma equipa de BTT, que organizou uma prova com várias coletividades.
Marlene Sousa
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