Anv: Apresenta uma representação da planta da Colina Sagrada, onde se vislumbra a implantação do Castelo de Guimarães em forma de escudo, com oito torres e a torre de menagem e a localização da Igreja de S. Miguel. Junto à orla esquerda apresenta a legenda “República Portuguesa – 2012” por baixo desta o escudo nacional assente na esfera armilar e abaixo do mesmo, o valor facial da moeda em duas linhas “2,50 Euro”.
Rev: Apresenta uma representação da praça, a Colegiada de Nossa Senhora da Oliveira, integrada numa representação da Rua de Santa Maria e o respetivo passadiço. Junto à orla direita, observa-se o logótipo “Património Mundial” e a designação “UNESCO”. Junto à orla esquerda da moeda, em duas linhas, figura a legenda “Centro Histórico de Guimarães”.
Autor: António Martinho.
Moedas de cuproníquel com acabamento normal:
Valor facial: 2,50 Euro; Cuproníquel; Dia. 28 mm; Peso 10 g.; Bordo serrilhado. Cunhagem 100.000 exemplares.
Moedas de Prata proof:
Valor facial 2,50 Euro; Ag: 925/1000 de toque; Dia. 28 mm; Peso 12 g.; Bordo serrilhado. Cunhagem de 3.000 exemplares.
O Castelo de Guimarães situa-se numa posição dominante, sobranceiro ao Campo de São Mamede, estando ligado à fundação do Condado Portucalense e às lutas da independência de Portugal, sendo designado popularmente como “Berço da Nacionalidade”.
Foi classificado como Monumento Nacional no ano de 2007 e eleito como uma das Sete Maravilhas de Portugal.
Historial
O castelo apresenta uma planta no formato aproximado de um escudo facetado. As suas muralhas, reforçadas por quatro torres, são rasgadas por portas. Um adarve, acedido por escadas nas torres, percorre a parte superior das muralhas, coroadas por ameias pentagonais, de recorte pontiagudo. Na face oeste, uma ponte de madeira estabelece a ligação entre o adarve das muralhas e a porta da torre de menagem. No troço norte das muralhas são visíveis as ruínas da antiga alcáçova, provavelmente do século XIV, que se divide em dois pavimentos, destacando-se as suas janelas exteriores e duas chaminés. O portão principal, a oeste, é defendido por dois torrões, estando outros dois a defender a porta da Traição, a leste. A Torre de Menagem, ao centro da praça de armas, apresenta uma planta quadrangular, com poucas aberturas assinalando os pavimentos, ligados internamente por escadas de madeira e de pedra. Um adarve largo e contínuo permite a circulação e a observação no topo da torre, coroada por ameias pentagonais pontiagudas.
A cidade de Guimarães, origem da nacionalidade, é uma cidade com um glorioso passado histórico, apresentando elevado grau de autenticidade nos tecidos urbano e edificado. Grande parte da estrutura edificada remonta ao século XVII e encontra-se erguida com as técnicas construtivas tradicionais. Estas construções, que preenchem densamente a malha urbana, constituem uma herança cultural, inerente ao património a salvaguardar. A autenticidade e integridade destes sistemas construtivos constitui um valor singular excecional. O Largo da Oliveira encontra-se rodeado por um conjunto de construções de valor patrimonial, designadamente: a Igreja Nossa Senhora da Oliveira, as “casas alpendradas” do século XVII, o edificado habitacional erguido com os sistemas construtivos tradicionais, contendo ainda um alpendre gótico com o designado Padrão do Salado. A Praça de Santiago, rodeada pelo conjunto residencial de maior qualidade artística e ambiental dos séculos XVII e XVIII, é marcada pela presença do edifício da antiga Casa da Câmara, cujo rés do chão é constituído por um alpendre apoiado em arcadas góticas, elemento singular de articulação entre a Praça de Santiago e o Largo da Oliveira. A Rua de Santa Maria, uma das mais antigas artérias de feição medieval, torna o eixo principal de ligação entre o núcleo do Castelo, situado na cota alta e o núcleo do mosteiro, na parte baixa da vila. A Rua Nova ou Rua Egas Moniz, apresenta um edificado de épocas bem diferenciadas, desde elementos de arquitetura medieval à arquitetura dos séculos XVII a XIX. Merece destaque a Casa da Rua Nova de raiz medieval, que sofreu obras de modificação no século XVII, e que constitui um dos exemplos tipológicos mais característicos das designadas casas de ressalto.
Fontes: https://pt.wikipedia.org/wiki/Centro_Histórico_de_Guimarães; I.N.C.M.; coleção particular do autor.
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