Na comemoração dos trinta anos do CENFIM – Centro de Formação da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica, os Núcleos de Caldas da Rainha e Torres Vedras, que têm a gestão em comum, juntaram-se, no passado dia 23, no auditório do Centro Pastoral de Torres Vedras, para assinalar o aniversário. O evento reuniu cerca de trezentos ex-formandos, formadores, tutores, para além dos organismos, Instituições e empresários com as quais o CENFIM tem desenvolvido a sua atividade e cooperado nas várias vertentes, em prol da dinamização e desenvolvimento da industria.
“Alargámos o tradicional jantar de ex-formandos, que é já uma referência na região, a todos os agentes que fizeram com que estes trinta anos fossem uma realidade”, disse Cristina Botas, diretora dos núcleos do CENFIM das Caldas e Torres Vedras.
Mais de noventa por cento dos jovens que fazem a sua formação profissional no CENFIM têm emprego garantido no setor da Manutenção Mecânica e da Mecatrónica. A garantia foi dada pela diretora do CENFIM das Caldas e Torres Vedras, que revelou que foi feito investimento nas áreas do C.N.C. (Maquinação e Programação) com a aquisição, há quinze dias, de uma máquina de cinco eixos, a par dos melhoramentos nas áreas da soldadura e da refrigeração dos núcleos do Oeste.
A responsável lembrou o novo Laboratório de Mecatrónica no Núcleo de Torres Vedras, que foi inaugurado antes da sessão, no âmbito da comemoração dos trinta anos do CENFIM.
“É uma aposta no futuro, a promover o sucesso, a contribuir para a inovação e qualidade reconhecida através dos formandos e empresas do Oeste que nos últimos trinta anos apostaram no CENFIM como centro de formação”, adiantou a responsável.
O presidente do conselho diretivo do IEFP- Instituto de Emprego e Formação Profissional, Jorge Campos, que foi um dos oradores da sessão de abertura, destacou o trabalho desenvolvido pelo CENFIM que “tem contribuído de forma decisiva para a formação e promoção da inserção profissional da população no setor da metalurgia e metalomecânica, em particular dos jovens”.
O presidente da AIMMAP – Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal, Aníbal Campos, falou da importância da formação do CENFIM, para o “desenvolvimento dos recursos humanos nas empresas do setor metalúrgico e eletromecânico, enquanto fator de alavancagem para o desenvolvimento do país”.
Inserida nesta cerimónia decorreu ainda a homenagem à equipa do CENFIM que integrou a seleção portuguesa no Worldskills, onde trinta por cento da equipa era formada por formandos do CENFIM, tendo estes representado quarenta por cento dos resultados. Das quatro profissões representadas pelo CENFIM, três foram premiadas com medalhas de excelência, tendo uma delas sido ganha pelo Pedro Silva, concorrente do Núcleo de Torres Vedras na profissão de Polimecânica.
Tomaz Morais inspirou os convidados com o seu exemplo
Porque não são todas as empresas que comemoram o seu trigésimo aniversário, o CENFIM das Caldas da Rainha e Torres Vedras comemorou a data com uma conferência integrada no jantar do ex-formados com o professor Tomaz Morais, que partilhou o tema “Como utilizar as adversidades a nosso favor”.
Tomaz Morais, que é diretor técnico nacional e consultor da International Rugby Board para a elaboração do plano estratégico de sevens, é também orador em conferências sobre liderança, motivação, gestão de equipas e comunicação. É comentador do programa Mais Futebol do canal TVI24 e colunista semanal do jornal A Bola. Quando pegou na seleção nacional de rugby em 2001, Portugal ocupava o trigésimo lugar do ranking mundial. A seu comando subiu até à décima quinta posição. Pela sua liderança e orientação técnica Portugal venceu pela primeira vez competições internacionais. Para ele o segredo do sucesso parece estar na atitude positiva perante a vida e os desafios que ela coloca. Apesar de nunca ter sido jogador profissional, foi sempre essa a atitude que Tomaz Morais assumiu perante o rugby, o desporto e a vida.
Mas não é só no desporto que é importante motivação. Também nas empresas, é importante concretizar os objetivos para vencer. “Em tudo tem que haver integração e motivação e, acima de tudo, sintonia nas metas definidas. No desporto, como nos negócios, “vestir a camisola e compromisso ” é a palavra-chave”, disse o professor, que durante mais de uma hora inspirou os convidados, formandos e ex-formandos com o relato do seu exemplo.
Aos empresários deixou o conselho que é preciso ter “espírito de missão e conseguir transmiti-lo àqueles que connosco trabalham, fazendo-os acreditar nos nossos princípios e nas nossas convicções”. No desporto, como nos negócios, “a grande capacidade de um líder é-lhe dada pelo seu lado humano”, acrescentou.
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