Para começar, os habituais excertos de poemas que se espalham pelo chão da Escola foram substituídos por exemplos da poesia de Cabo Verde, Guiné-Bissau, S. Tomé e Príncipe, Angola e Moçambique. As frases escolhidas contam dos tempos do colonialismo mas também dos sonhos e anseios de antes e de agora, no imaginário poético destes autores africanos. Poetas de várias gerações são lembrados com as suas palavras, onde falam das suas terras e gentes, das paisagens e dos lugares.
No espaço da Biblionofre estão expostas informações sobre estes países onde a língua portuguesa continua a ser um elo que nos une. A exposição inclui ainda livros, panos tingidos e instrumentos musicais artesanais. Isto é particularmente significativo para os alunos, professores e funcionários com ascendência africana, os que viveram parte das suas vidas nessas latitudes ou que por lá mantêm familiares e amigos.
Ainda neste âmbito, e saindo para fora do seu espaço, a equipa da Biblionofre está a levar a alguns jardins de infância do Agrupamento a “Lenda do Tambor Africano”, conto tradicional da Guiné-Bissau que fala de um macaquinho, da Lua e da origem dos tambores, elementos fundamentais da tradição e cultura de todo aquele continente.
Esta história, contada com adereços e acompanhamento musical, tem feito as delícias dos pequenitos e gerado animadas batucadas e danças nos jardins visitados – até agora, Foz do Arelho, Morenas e S. Cristóvão.
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