Os passageiros eram sobretudo militares, missionários e funcionários civis ou familiares destes, que se dirigiam para a Índia, na altura, sob o domínio Inglês.
Ao naufrágio sobreviveram somente 9 pessoas, 7 lascares e dois passageiros (militares). Um dos indianos sobreviventes era de Goa (na altura território português). Dos 68 tripulantes 18 eram europeus e os restantes 50 eram lascares. Da listagem das vítimas constam os nomes dos 18 tripulantes europeus e dos passageiros. Dos 50 lascares indianos não é feita qualquer referência à sua identificação.
O acidente deu-se durante a noite, devido ao mau tempo que se fazia sentir, e, sobretudo por o navio seguir entre a costa continental e as Berlengas, quando era mais seguro navegar a oeste da ilha das Berlengas.
Os sobreviventes procuraram apoio em Óbidos e Peniche, mas foi sobretudo de Peniche que receberam o maior apoio, de carros de bois vindos pela costa que ajudaram na recolha dos sobreviventes, de corpos das vítimas e de bens que iam dando à costa.
Recuperaram-se cerca de 50 corpos das vítimas deste naufrágio que foram sepultadas nos cemitérios de Famalicão, Serra do Bouro, Vau, Óbidos e Peniche. Há conhecimento de lápides tumulares na Serra do Bouro e em Peniche.
Na internet encontra-se bastante informação sobre este naufrágio, mas o trabalho consultado mais completo, que demonstra grande trabalho de investigação, é o de Arlindo Correia (http://www.arlindo-correia.com/061010.html), que transcreve inquéritos ingleses ao acidente, os nomes dos passageiros, assim como relatos de familiares das vítimas.
José António
0 Comentários