Durante a temporada houve o óbito de um banhista de 40 anos, na praia do Bom Sucesso, que “não fazia parte da área concessionada”. “O nadador salvador ainda tentou socorrer mas já não conseguiu fazer nada”, referiu Elvis Canas, presidente da associação da Oeste Rescue, fundada em maio deste ano.
“A nossa aposta principal é na “prevenção. Na área que esteve à nossa responsabilidade, felizmente não tivemos questões de maior relevo”, afirmou Elvis Canas.
Segundo o responsável, a associação, que ainda não tem sede, tem como objetivo aumentar as zonas vigiadas, para além de transmitir uma “imagem de respeito junto dos banhistas, informá-los e ainda criar bases para que os nadadores se sintam confortáveis”. Neste caso, “os nossos objetivos prendem-se pelo serviço em si e pela profissionalização da classe”.
Atualmente, os nadadores salvadores têm que estar credenciados pelo Instituto de Socorro de Náufragos (curso de 135 horas) e para entrarem para a associação basta serem nadadores salvadores, sendo posteriormente submetidos a alguns testes, como a prova dos 100 metros e dos 400 metros. Recebem em média 800 euros de salário mensal, com duas folgas semanais e seguro.
Este ano a Oeste Rescue contou com cerca de 30 jovens oriundos de Alcobaça, Caldas, Santa Cruz, Peniche, Lisboa e até de Portalegre, para vigiar as 17 zonas das capitanias da Nazaré e Peniche.
Luís Vieira, vice-presidente da associação, salientou que a principal dificuldade com que os nadadores salvadores se deparam no terreno é o facto de “ainda não sermos encarados como profissionais”. “É um dos nossos objetivos desmistificar a ideia que existe sobre o nadador salvador”, indicou, acrescentando que outra das problemáticas são os concessionários, que “tentam fugir ao pagamento”, como as próprias autarquias, que “não dão grandes apoios à classe”. Ainda referiu a ”falta de respeito em relação à utilização da praia pelos banhistas, sendo um espaço público onde existem regras”.
Para a próxima época, a Oeste Rescue prevê ter uma sede para a associação, um veículo para transporte dos profissionais e ainda acordos com piscinas e ginásios para os nadadores treinarem. Também vão existir formações nas piscinas municipais das Caldas da Rainha, geridas pelos Pimpões.
Mariana Martinho
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