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VMER contabiliza 20 mil ocorrências no Oeste ao longo de 13 anos

Mariana Martinho

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A Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) da unidade de Caldas da Rainha do Centro Hospitalar do Oeste (CHO) está em funcionamento desde o dia 5 de maio de 2002, sob a coordenação do enfermeiro Nuno Pedro e do médico Joaquim Urbano. Desde então participou em cerca de 20 mil ocorrências, com 21 mil sinistrados, doentes ou utentes, maioritariamente nas áreas de influência e de atração do Hospital de Caldas da Rainha.
Entidades que participaram no II Congresso da VMER do CHO

Em relação ao primeiro semestre deste ano, a VMER contabiliza cerca de 800 saídas e assistência a 850 doentes. Estes dados foram divulgados por Nuno Pedro após o II Congresso da VMER do CHO – Unidade de Caldas da Rainha, que decorreu no passado sábado no auditório da Escola de Sargentos do Exército.

A unidade tem uma abrangência de cerca de 120 a 150 mil pessoas, dos concelhos de Caldas da Rainha, Alcobaça, Óbidos, Bombarral, Peniche, Nazaré e Cadaval. Segundo o enfermeiro, “cerca de 50 % das saídas são para o concelho das Caldas da Rainha”. No entanto, sempre que são solicitados deslocam-se para os concelhos limítrofes, como Rio Maior, Santarém, Lourinhã, Porto de Mós, Torres Vedras, entre outros. Ou seja, “vamos onde o CODU (Centro de Orientação de Doentes Urgentes) ache que a situação justifique a nossa ida”.

Nuno Pedro disse que em média, por dia, “a unidade tem 6 a 7 saídas, com demora média entre 60 a 90 minutos, comcerca de 40 a 65km de média por saída”. Há uma taxa elevada de pessoas vivas que, após a assistência, são transportados para o hospital após um acidente/situação de doença aguda.

Os acidentes de viação “têm vindo a baixar, mas somos uma região com algumas estradas identificadas como perigosas, como por exemplo a Nacional nº 1 e a A8 em alguns trajetos)”. Em relação à mortalidade por suicídio na região, o coordenador também disse que “temos tido mais ativações para essas situações”.

“A prestação de cuidados tem sido de excelência, com a equipa da VMER muito mais madura e competente, com indicadores de elevado eficiência e eficácia na prestação de cuidados à vítima de trauma”, declarou, indicando que ao longo de treze anos de atividade tem havido uma formação contínua.

A VMER das Caldas tem como projetos para a unidade “manter a elevada eficiência e eficácia na prestação de cuidados à vítima em ambiente pré-hospitalar, colaborar nas tarefas solicitadas pelos agentes envolvidos na área do pré-hospitalar, participar como elo de referência na comunidade, no que concerne àformação e debate dos assuntos relacionados com a emergência, assumindo um papel de cidadania, manter uma operacionalidade de 100% e realizar um novo congresso em 2017.

II Congresso da VMER

Em dia de reflexão, na véspera das legislativas, o presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica, Paulo Campos, anunciou que no próximo ano o instituto vai alterar o sistema de informação e georreferenciação do pré hospitalar, para melhorar os tempos de acesso do socorro ao cidadão.

No congresso, sobre o tema “Uma visão do pré-hospitalar fora dos grandes Centros”, dirigido a todos os profissionais da área da emergência pré-hospitalar, Paulo Campos também disse que o projeto de 2016 vai permitir “aumentar a capacidade de toda a estrutura medicalizada e não medicalizada do serviço pré-hospitalar”. Igualmente anunciou “um novo sistema de telemedicina” que contribuirá para a melhoria dos serviços.

“As equipas médicas das VMER são o ex-libris daquilo que é a nossa instituição, sendo o topo daquilo que é o socorro medicalizado em Portugal“, sublinhou o responsável, acrescentando que são o elo mais diferenciado no país, através da mudança do sistema “hospital de porta fechada” por um modelo de “leva os nossos cuidados diferenciados ao local do acidente e à porta do cidadão”.

O dirigente referiu que o “ganho de operacionalidade das VMER” é graças à implementação de modelos que promoveram uma integração dos serviços de urgência dos hospitais, para reduzir “os tempos de inoperacionalidade das 42 viaturas do país”. A ambição é expandir o dispositivo para 44.

Joaquim Urbano salientou que a realização do congresso mostra a importância desta atividade, homenageando todos os elementos que integram desde o dia 15 de maio de 2002 a equipa desta VMER, como todos os profissionais envolvidos na emergência hospitalar e especialmente os corpos dos bombeiros (Caldas da Rainha, Óbidos, Bombarral, Benedita, São Martinho do Porto, Cadaval, Alcobaça, Peniche e Nazaré).

Monteiro Sardinha, comandante da Escola de Sargentos do Exército, referiu que a equipa da VMER ”tem proporcionado uma troca de conhecimentos ao nível de liderança e ao nível do curso de suporte básico de vida”.

Carlos Sá, administrador do CHO, disse que a VMER tem uma relação “quase familiar com o CHO, na medida em que a maior parte dos seus profissionais pertencem ao centro hospitalar, o que tem garantido uma prestação de cuidados de elevada qualidade.

José Carlos Gomes, representante do Bastonário da Ordem dos Enfermeiros, afirmou que através destas sinergias “muitos dos problemas que encaramos todos os dias, podem ser resolvidos e encontrarem-se soluções”.

Tinta Ferreira, presidente da Câmara das Caldas da Rainha, concluiu que “a comunidade das Caldas da Rainha reconhece o trabalho da equipa da VMER por todos os serviços prestados e que faz com a comunidade se sinta segura”.

O congresso teve em debate vários temas como o “Trauma”, o “Parto de Urgência – do Pré ao Intra-hospitalar”, “Segurança do Doente e do Profissional no Pré-hospitalar”, “Via Verde AVC e Coronária” e “Pediatria e Ciência Forense”.

Mariana Martinho

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