É uma grande festa da literatura, do livro e das ideias, muito focado na língua portuguesa e na lusofonia, em particular no Brasil, mas sem esquecer o resto do mundo. A intenção é surpreender os leitores, juntando autores muito conhecidos, e outros ainda não tão divulgados em Portugal, mas de reconhecida qualidade, discutindo temas atuais. Estes debates, tendo início nos palcos, alastrarão depois às ruas e praças de Óbidos durante todos os dias e noites do festival, num convívio entre os autores e os seus leitores. Um encontro com a presença de mais de cinquenta escritores nacionais e internacionais.
O programa inclui música, teatro, cinema, exposições, aulas, maratonas de leitura, muitas sessões de conversa fiada. Os artistas celebram o triângulo Portugal-África-Brasil. No que é que isto dá? Em António Zambujo e Mayra Andrade a cantar Caetano Veloso, Cristina Branco com o Trio de Mário Laginha a cantar Chico Buarque. Uma exposição de André Carrilho e Pedro Loureiro com retratos de escritores. Moreno Veloso e Tomás Cunha Ferreira a fazerem um eixo Rio-Lisboa (como uma célebre padaria da cidade maravilhosa), poesia pelo meio. Diogo Infante a interpretar a “Ode Marítima” e Fernando Pessoa. Kalaf e o músico angolano Toty Sa’Med numa viagem pela poesia angolana dos anos 60 e 70 (entre a poesia e as canções revolucionárias). Abel Barros Batista a ensinar Machado de Assis, Carlos Mendes de Sousa a ensinar Clarice Lispector. Gregorio Duvivier, não no registo Porta dos Fundos, mas num espetáculo de stand up poetry.
O programa é extenso. São treze espetáculos únicos a pontuar todos os dias do Folio.
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