António José Correia revelou ainda que há os impactos para além do evento, como os investimentos na área da hotelaria, restauração e das atividadesmarítimo-turísticas.
O autarca falava na cerimónia de assinatura do protocolo de parceria no âmbito da “Campanha de Promoção da Marca Oeste Portugal associada ao Moche Pro Portugal by Rip Curl 2015”, entre a Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal, a Comunidade Intermunicipal do Oeste e a Câmara Municipal de Peniche, que decorreu no passado dia 1, na sede da OesteCim, nas Caldas da Rainha.
Considerando o impacto mediático internacional de que goza esta prova do circuito mundial de surf, o protocolo de parceria assegura uma verba de 400.800 mil euros para a campanha de promoção da Marca Oeste agregada aos meios de comunicação da etapa do Circuito Mundial de Surf.
O valor será repartido em três tranches, das quais 265 mil euros a aplicar no Plano de Ativação de Marca Oeste nas plataformas digitais do evento, 74.800 euros na produção de materiais de divulgação nos locais da prova e organização da tenda “Welcome to Oeste” na zona Village do evento e 61.000 euros para proporcionar a personalidades ligadas ao evento pacotes de experiências ligados aos produtos da região.
O investimento decorre, segundo os responsáveis pelo Turismo do Centro e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do tejo (CCDR), do reconhecimento do “impacto mediático internacional de que goza esta prova do circuito mundial de surf, com potenciais reflexos na procura turística internacional do destino Oeste e na região Centro”, refere o protocolo.
“Reforçar este apoio na ativação da marca, é a forma que encontrámos de podermos ativar a marca Oeste, no contexto nacional e internacional”, disse Pedro Machado, presidente do Turismo do Centro de Portugal, acrescentando que o surf “valoriza um dos melhores produtos desta região, associada ao mar”.
Pedro Machado considera que a prova de surf em Peniche “empurra investimento”. “Há hoje negócio que começa a ser feito nesta região alavancado por força de conquistarmos nos últimos três anos de forma consecutiva esta grande prova”, adiantou. Segundo Pedro Machado, o investimento é visível na “área da hotelaria, na restauração, no comércio e serviços” e acredita que também “reforça o próprio posicionamento de todos os municípios que estão à volta deste evento”.
A prova, que tem um custo total de dois milhões de euros, contou na última edição, segundo a World Surf League (WSL), com “130 mil espetadores” e registou, nos dois anos em que se realizou em Peniche, “um crescimento impressionante no número de notícias e visualizações na internet”, afirmou o representante do organismo, Francisco Spínola.
Para o Moche Pro Portugal by Rip Curl 2015, a WSL tem uma aplicação na Internet (dispositivos mobile) onde os interessados podem receber um alerta a dizer que a prova vai estar online dentro de meia hora nos Supertubos.
Segundo Francisco Spínola, o Surf em Portugal já é um nicho, e é um dos principais desportos na lógica financeira, daí o investimento no broadcast, onde começaram a trabalhar com a Sport Tv. “Estamos a comunicar com 1% dos europeus que quando decidirem que querem fazer surf vêm a Portugal experimentar, o que significa um mercado gigante”, apontou.
Marlene Sousa
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