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Porta-voz do Bloco de Esquerda em campanha nas Caldas

Marlene Sousa

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A porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, que esteve acompanhada pelo cabeça de lista em Leiria, Heitor de Sousa, e por outros candidatos bloquistas, participou no passado dia 22 numa ação de campanha no Mercado da Fruta nas Caldas da Rainha.
Dirigente da Associação de Surdos do Oeste entregou papel a Catarina Martins, queixando-se de discriminação da Câmara das Caldas

A porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, que esteve acompanhada pelo cabeça de lista em Leiria, Heitor de Sousa, e por outros candidatos bloquistas, participou no passado dia 22 numa ação de campanha no Mercado da Fruta nas Caldas da Rainha.

As atenções estavam centradas em Catarina Martins, que esteve em contato com a população, ouvindo e respondendo às várias queixas dos eleitores. Houve quem criticasse o BE, mas a candidata respondeu que “há partidos que podem estar na rua e falar com toda a gente, como é o caso do Bloco. E há partidos que podem estar na rua só rodeados de militantes para evitar que os cidadãos falem com eles”.

Houve também algumas palavras de conforto: “Desta vez vou votar em vocês, para ver se isto fica melhor”.

Abílio Jorge Nunes, presidente da Associação de Surdos do Oeste, entregou um papel a Catarina Martins fazendo-lhe queixa sobre a “discriminação” movida pela Câmara das Caldas da Rainha, que ”nunca deu subsídio” à associação.

A líder do Bloco, sem domínio da linguagem dos surdos-mudos, pediu-lhe uma caneta e no verso do papel deixou por escrito que encaminharia o assunto para a estrutura local do BE e que iria marcar presença no encontro nacional de surdos.

No final da visita à Praça da Fruta, a porta-voz do BE, respondeu às questões dos jornalistas onde o tema central foi os refugiados, uma vez que decorria em Bruxelas a reunião de ministros dos Assuntos Internos da União Europeia, em busca de um acordo sobre o programa de recolocação de refugiados sírios nos Estados-membros. Catarina Martins defendeu solidariedade europeia para receber os refugiados, aludindo à necessidade urgente de “criar corredores humanitários e distribuir os refugiados sírios pelos países que os podem acolher. A candidata do BE criticou o Governo português “por estar ainda a receber os quinze refugiados da quota de 2013” e não ter sequer começado a receber os 45 da quota de 2014.

O Governo “andou a regatear entre 2.400 refugiados e 1.500 refugiados e agora diz que vai receber mais, mas ainda nem sequer preparou centros” para os acolher, disse a porta-voz do BE.

Depois das Caldas, os dirigentes bloquistas foram em ação de campanha até Peniche.

Manifesto da candidatura

Os dirigentes bloquistas distribuíram no mercado da fruta o manifesto da candidatura do Bloco no distrito de Leiria e apelaram ao voto no BE para que o cabeça de lista pelo distrito, Heitor de Sousa, possa voltar a ter voz ativa na Assembleia da República.

Diz o manifesto que no distrito de Leiria estão bem visíveis os efeitos da política de austeridade do Governo PSD/CDS. “Menos e pior emprego, a precariedade aumentou brutalmente (90% dos novos contratos são contratos a prazo), as diferenças entre contratados e efetivos agravaram-se, a contratação coletiva foi suspensa e persiste a discriminação salarial entre homens e mulheres”.

A nível ambiental, os bloquistas dizem que alastraram as manchas de poluição e, em particular, da “Lagoa de Óbidos e das bacias hidrográficas, como a do rio Lis, fruto da atividade de centenas de suinicultores que continuam a poluir impunemente rios e ribeiras, como a Ribeira dos Milagres ou dos aviários, em Ansião”.

A Linha do Oeste é outro ponto destacado pela candidatura do BE, referindo que de vez em quando há notícias a prometer muita coisa, mas na realidade “nada acontece, e só é notícia, infelizmente, pelos acidentes que continuam a ocorrer em várias passagens de nível, apesar de, nesta linha, circularem menos de 10 comboios por dia”.

O BE propõe no manifesto a construção de um novo hospital regional no sul do distrito, capaz de dotar a região com um equipamento moderno para acolher todas as valências médicas justificáveis e em articulação com uma saúde termal de qualidade através da requalificação do Hospital Termal das Caldas.

Defende também a requalificação dos Hospitais de Peniche e Alcobaça, por forma a adequá-los às necessidades do atendimento hospitalar de cada sub-região e pretende três unidades de cuidados continuados: Pombal/Norte, Alcobaça/Centro e Óbidos/Sul.

Outra proposta é a requalificação do Centro de Saúde da Nazaré, recuperando o serviço de urgência e novas valências médicas que sirvam a população e o turismo.

A criação da Universidade Politécnica de Leiria (UPL) com base na transformação do atual IPL, é outra medida, assim como a requalificação da Lagoa de Óbidos, com o apoio das populações das zonas ribeirinhas “das Caldas e de Óbidos que inclua a estabilização da aberta no seu ponto natural, a dragagem e tratamento dos dragados, a despoluição das linhas de água que nela desaguam e a requalificação do plano de água para apoio à pesca”.

Os candidatos do BE no distrito de Leria defendem ainda o programa de reabilitação urbana nas cidades em que os centros históricos se encontram em estado de degradação: Leiria, Caldas da Rainha, Peniche, Nazaré, Alcobaça, Pombal, Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera, Pedrógão Grande e Ansião.

Querem a requalificação e modernização da Linha Ferroviária do Oeste, com base “na sua eletrificação integral, a sinalização automática e o aumento dos troços de linha em via dupla para cruzamento de comboios, para um serviço de qualidade alternativo ao transporte rodoviário para as regiões do Oeste e Centro Litoral”.

Marlene Sousa

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