“É a terceira vez que o nosso protesto é boicotado por manifestações fantasma, impedindo o direito à manifestação, consagrado na Constituição Portuguesa”, disse à agência Lusa Diogo Bolinhas, organizador da manifestação convocada através da rede social facebook.
De acordo com o mesmo responsável “a informação [sobre o protesto] foi enviada para a câmara e para a PSP com 48 horas de antecedência”, mas quando se concentraram junto à praça de touros, foram “afastados pela PSP com o argumento de que havia outra manifestação marcada para o local”.
A alegada contra manifestação foi marcada pelo movimento Pro-Toiro, favorável à realização das touradas, e segundo fonte da PSP, motivou “um despacho da autarquia determinando que os manifestantes a favor da corrida ficassem junto à praça [de touros] e os contra junto a cerca de 500 metros”.
A decisão provocou alguma exaltação entre os manifestantes antitourada que recusaram afastar-se do local voluntariamente, tendo sido obrigados pelos agentes no local a deslocarem-se para o local especificado pela câmara.
Durante uma hora, entre as 17h e as 18h (hora marcada para o início da tourada), os manifestantes gritaram palavras de ordem e ostentaram cartazes com frases como “tauromaquia é cobardia” ou “pessoas bem informadas não vão às touradas”.
À agência Lusa Diogo Bolinhas afirmou que o objetivo do protesto foi “acabar com um espetáculo de pura violência e desrespeito pelos animais”, criticando ainda o facto de se tratar de “um espetáculo que é pago por todos, através dos impostos”.
O protesto contou com participantes de vários pontos do país e com o apoio do partido PAN – Pessoas, Animais, Natureza e da CREA, uma associação local de defesa dos animais.
Os manifestantes desmobilizaram às 18h quando, na praça de touros, teve início a corrida.
0 Comentários