O barco, com onze metros de comprimento e matriculado no porto da Nazaré, dedicava-se à apanha de algas, quando, cerca das cinco da tarde, foi surpreendido por uma onda de metro e meio.
“Afligiu-me ver o barco virado mas conseguimos todos manter a calma”, relatou ao JORNAL DAS CALDAS Francisco Sousa, de 60 anos, um dos nove tripulantes da embarcação.
“Eu estava no fundo do mar e queria vir à superfície para meter o saco com as algas, mas não me puxavam. Consegui subir e vejo o barco virado”, descreveu o mergulhador.
Alexandre Cruz, 39 anos, que também estava na água, disse que o incidente causou “maior preocupação” nos vigias que estavam no barco e que, à medida em que ia virando, tiveram de ir subindo para a quilha, no casco da embarcação. Os mergulhadores ficaram “em redor do barco a nadar”, enquanto um deles percorreu cerca de cem metros a nado até chegar a terra, onde pediu socorro a pescadores que se encontravam na arriba da Boavista, na Serra do Bouro, Caldas da Rainha.
Os oito colegas, com idades entre 30 e 60 anos, foram resgatados por uma embarcação da estação salva-vidas da Nazaré. Levados para o cais de São Martinho do Porto, foram assistidos por equipas médicas, não apresentando ferimentos.
Na altura a embarcação ainda se encontrava à tona de água, mas iria ao fundo pouco depois. O local esteve sinalizado com uma boia e foi avaliado que não haveria risco para a navegação e que não existiria viabilidade técnica para remover o barco.
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