A ACCCRO iniciou assim uma consulta aos seus associados, para que os mesmos participem na revisão dos atuais estatutos bem como do regulamento geral, com o objetivo de atingir melhores níveis de gestão e relacionamento com os associados, a comunidade comercial na generalidade e os consumidores. E, por fim, que consigam responder aos novos desafios.
O presidente da assembleia geral da ACCCRO, Francisco Vogado, disse ao JORNAL DAS CALDAS que a associação está a iniciar um processo de consulta aos associados, no sentido de rever os estatutos, porque “existem alguns aspetos que nos preocupam, por um lado a pouca participação dos associados nas assembleias, a fraca utilização, por estes, dos serviços e parcerias que estão disponíveis e, por outro lado, perceber se há constrangimentos estatutários que dificultem a partilha de ideias entre as partes”.
“Adaptar os estatutos e o regulamento às novas formas de comunicação, é um desafio que exige de todos uma entrega do know-how de experiências similares, que procuramos de coração e mãos abertas para respondermos melhor e mais eficientemente às solicitações e exigências dos associados e da sociedade em geral e no engrandecimento da ACCCRO”, indicou.
“As pessoas não vão às assembleias e também não vão à associação. Como tal, não sabem tudo o que têm disponível”, alertou.
Francisco Vogado também referiu que a ideia deste desafio é que exista discussão e opiniões das várias sensibilidades comerciais, dos diferentes setores e zonas que representam, e que “tragam mais associados às assembleias, pois o associativismo está pela hora da amargura porque as pessoas não participam e nem sempre as direções têm disponibilidade para as responsabilidades profissionais que às vezes lhes exigimos”.
Após recolhidas todas as opiniões será feita uma análise jurídica, por profissionais do setor, para estudarem a viabilidade jurídico-legal de todas as soluções apresentadas, numa prévia preparação para a discussão em assembleia. Ainda durante o corrente ano, deverão ser votadas as várias alterações, esperando que, segundo o responsável nasça “uma associação mais forte, mais aberta à comunidade e mais amiga do associado”.
O desafio é fazer com que as pessoas ao pensarem nas dificuldades enquanto empresários, tentem apresentá-las à associação, de uma forma organizada, e com isso ajudar a melhorar a prestação da associação. Ou seja, criar um “campo de discussão” que ajude a melhorar o apoio informativo e que possibilite criar mais e melhores parcerias e serviços aos associados.
O presidente da assembleia geral alertou que “nós não sabemos porque é que as pessoas não aparecem, mas temos umas ideias. Há alguns aspetos que devem ser mudados nos estatutos, mas não é a solução de todos os problemas. Por isso, lançamos o desafio aos associados para participarem, até porque, quer queiramos quer não, a própria associação, tem dificuldades no acesso aos seus associados e em perceber as suas aspirações face à ACCCRO”.
A associação propõe simplificar os estatutos em relação ao processo eleitoral, diversificar as mesas de voto em vários locais do concelho, permitir o voto por correspondência, facilitar mais o voto por representação e repensar a função de lobby em termos políticos e económicos, junto da câmara e do governo central.
“A associação tem cerca de mil associados ativos, mas é frustrante que nas assembleias gerais só apareça uma vintena para exercer o seu direito de voto”, indicou.
É nesta perspetiva que as sugestões apresentadas até ao final do mês pelos associados podem ajudar.
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