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Projeto Ativa-te promoveu sessão “O que é nosso tem valor?” nas Gaeiras

Mariana Martinho

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A ideia do programa Ativa-te é incentivar a comunidade e as pessoas que sentem que não têm oportunidade. Nesse sentido a Câmara Municipal de Óbidos organizou, no passado sábado, uma sessão aberta a toda a comunidade, no Largo de S. Marcos, nas Gaeiras, onde foram apresentados e explicados exemplos de como incentivar a economia local.
Humberto Marques, Manuel Castro de Almeida e Ana Abrunhosa

Na sessão de abertura interveio o presidente da Câmara Municipal de Óbidos, Humberto Marques, o secretário de Estado do Emprego, Octávio Oliveira, e a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro (CCDRC), Ana Abrunhosa.

O programa Ativa-te tem como objetivo principal desafiar as pessoas a ter um conjunto de ideias de negócio, que posteriormente possam contribuir para a possibilidade de obter melhores qualificações, produtos ou serviços no território, além de permitir novas formas de trabalho colaborativo, entre pessoas e empresas. Assim, o projeto conta com a parceria do Parque tecnológico de Óbidos, dos Edifícios Centrais, do ABC- Convento de São Miguel das Gaeiras, do Spin-Lab e do COlab Óbidos.

Humberto Marques começou por afirmar que o projeto Ativa-te tem por base o desenvolvimento económico e a coesão territorial, como forma de “provocar e desafiar as pessoas da comunidade a saírem da zona de conforto, e se articulem para dinamizar os diferentes setores de atividade económica do território, pois, o município dispõe de políticas que procuram ajudar as ideias empreendedoras, em especial as que têm ligação entre o território e a identidade local, contando com o apoio dos fundos comunitários”.

“No fundo procuramos incentivar as pessoas, através deste marketing territorial, para ajudar a regeneração social, através de medidas de ação para inovar e provocar a diferenciação do território como um lugar onde podem deitar as sementes à terra e fazer as plantas crescer e dar frutos”, adiantou.

Durante a intervenção, o autarca também fez um balanço sobre o desenvolvimento económico na comunidade local, que teve início com o Espaço Ó, em Óbidos, e que segundo o mesmo, “está lotado sem condições para ter mais pessoas”. “Depois introduzimos o programa no Parque Tecnológico de Óbidos, pegando em pessoas que estavam em situações de desemprego ou de insatisfação, e por fim, o programa “Ativa-te” dentro das escolas, desafiando-as a meter as ideias em projetos finais”, descreveu.

Ana Abrunhosa referiu que os agentes presentes no território têm de formar uma comunidade criativa, para haver condições para o surgimento de empreendedores que inovem as atividades e que visualizem oportunidades de negócio.

“Na realidade a principal função de um empreendedor é imprimir mudanças significativas, tanto na fabricação dos produtos como no modo de comercialização e marketing, imprimindo uma nova ordem no setor de atuação e para que isso seja possível é necessário que haja uma atuação concertada entre todos, caso contrário a capacidade inventiva deste território não existirá”, alertou.

A presidente da CCDRC também indicou que “temos de ajudar a criar condições para que esses empreendedores tenham cada vez melhor presença na região, para que haja uma maior utilização e valorização comercial e social”.

O secretário de Estado do Emprego, Octávio Oliveira, salientou que este programa é “um processo de desenvolvimento e formação profissional, de curta duração, com o propósito de que as pessoas não fiquem do lado incorreto da equação. Portanto, esta modalidade de formação e vida ativa pretende que as pessoas efetivamente não estejam em casa isoladas e que entrem neste processo de atualização de competências para ingressar no mercado de trabalho”. Também indicou que existe outro programa – o “Emprego Jovem Ativo”, que tem a particularidade de levar os jovens com baixas qualificações e com formação de nível superior a participarem neste processo.

O primeiro painel teve como tema a relevância dos modelos para a promoção do empreendedorismo, com os oradores José Franco e Jacinto Jardim.

O segundo painel foi dedicado ao Design Thinking & Doing – Caso de Óbidos, com a oradora Mariana Alpedrinha. Posteriormente, o terceiro painel foram apresentados três exemplos de projetos inovadores, como o Burel Factory (Isabel Costa), Frutóbidos (Marina Brás) e Espaço Ó (Pedro Reis).

O Burel Factory é um projeto com vista a reinventar o valor das riquezas da região (Manteigas), através do tecido tradicional – o Burel, que procura combinar a arte e o saber dos tecelões da vila, com o design de hoje, criando peças originais. Por sua vez, o Espaço Ó é uma área que pretende apoiar o desenvolvimento de ideias com espírito colaborativo e a Frutóbidos é uma empresa que se dedica à produção tradicional do licor de Ginja de Óbidos e de cosméticos através da pele da ginja.

Por último, os oradores Pedro Costa e Luiz Oosterbeek falaram sobre como agitar para ativar e os novos paradigmas e exemplos entre cultura e economia.

Para encerrar a sessão, o secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Manuel Almeida, afirmou que a ideia de valorizar todas as partes do território faz parte de “programas específicos que têm problemas, oportunidades e soluções para essas pequenas parcelas do território, e o programa Portugal 2020 vai estar ao serviço destas pequenas potencialidades”.

“Nós temos grandes assimetrias no nosso país e com o programa Portugal 2020 as regiões mais pobres do país (norte, centro, alentejo e açores) vão ter 98% dos fundos europeus, o que vai permitir dar um grande apoio à participação dos cidadãos na construção do seu próprio futuro ou das comunidades que se encontram inseridos”, indicou.

No final da sessão foram assinados os protocolos de cooperação entre a Câmara Municipal de Óbidos e Associação para a Formação Profissional e Investigação da Universidade de Aveiro (UNAVE), e entre a Câmara Municipal de Óbidos e o Instituto Terra e Memória.

Espaço Ó – Gaeiras

Durante a sessão foi exibido um novo projeto para o Largo de São Marcos, nas Gaeiras, que, segundo Humberto Marques, será mais “uma área do Espaço Ó, numa clara proximidade territorial das equipas e das pessoas a um conjunto de ferramentas. A ideia é fazer uma área com zonas colaborativas de trabalho, com flexibilidade total para ser um equipamento de agitação das pessoas num local de encontro de ideias e construção de projetos”.

O autarca também explicou que neste momento já existe o projeto que será discutido com os atores locais, igualmente há uma equipa de arquitetos e logo que abram as candidaturas ao Portugal 2020, poderão agir.

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